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segunda-feira, 2 de junho de 2014

A música dos pernambucanos está menos urgente e talvez por isso mesmo mais madura



Por: Lizandra Pronin. 
Fonte: Território da Música
Fotos: marinamara.com.br / colunas.canalbrasil.globo.com
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL)


                       

Mais alternativo e menos Manguebeat, o oitavo álbum da Nação Zumbi chega depois de um intervalo de sete anos. Diferente da impressão que ficou do show que a banda fez no Lollapalooza, o novo repertório não é tão pesado, nem tão rock. E isso não significa - de forma alguma - que o disco não seja muito bom.

Sem pressa nem medo de perder seu lugar ao sol, a banda começou a trabalhar nas novas canções - quando eram apenas ideias soltas - em 2010.

O lançamento em 2014, ano que o clássico "Da Lama ao Caos" completa 20 anos, se encarregaria de trazer o nome da banda à tona e por sí só faria uma divulgação quase que gratuita para impulsionar o novo material. E essa talvez seja a forma mais digna e honrosa de aproveitar o passado sem necessariamente viver dele.

Com apoio da Natura Musical, a Nação Zumbi caprichou nesse novo disco. "Cicatriz", que foi mostrada ao público meses antes do lançamento, já dava os indícios de que a sonoridade ganharia alguns elementos novos, não representando, obviamente, uma ruptura na carreira, mas um passo mais largo, abraçando o novo sem perder a personalidade.

O que "Nação Zumbi" deixa claro, logo na primeira audição, é que a banda investiu bastante nas letras, nas melodias e harmonias. Isso torna a música do grupo menos urgente e talvez por isso mesmo mais madura. Um bom exemplo é "Um Sonho". Mas não se deixe enganar pela baladinha. Em "Foi de Amor" as guitarras, a linha de baixo e a bateria mostram que o punch não foi deixado de lado. O mesmo vale para as pesadas "Bala Perdida" e "Pegando Fogo".

Vale falar mais sobre o lirismo da Nação Zumbi: há muitos refrãos e passagens cantaroláveis ao longo das 11 faixas que integram o disco. A poesia da Nação Zumbi é direta, mas abre espaço para simbolismos, rimas e métrica.

Há espaços para versos visuais como "Visível marca de um riscado inesperado / pra lembrar o que lhe aconteceu / Ficar bem desenhado só pra ser bem lembrado / risco do erro, mal visto, mal quisto e mal olhado", de "Cicatriz". Há canções românticas como "Defeito Perfeito", que traz Jorge dü Peixe cantando num tom meio hipnótico os versos "Seu defeito pra mim é perfeito / Eu lhe quero assim, desse jeito". O caderno de anotações do vocalista Jorge dü Peixe, autor das letras, devia estar bem recheado depois de sete anos.

O álbum todo é muito interessante e além das faixas citadas, vale destacar "A Melhor Hora da Praia", com participação de Marisa Monte e orquestrações; "Novas Auroras" e "Nunca Te Vi" que deixam uma sensação de Déjà vu; e "Cuidado", já no finalzinho do disco, que equilibra a intensidade da letra com a melodia quase fácil. E percebo que destaquei quase todas as faixas do disco.

01. Cicatriz
02. Bala Perdida
03. O Que Te Faz Rir
04. Defeito Perfeito
05. A Melhor Hora da Praia
06. Um Sonho
07. Novas Auroras
08. Nunca Te Vi
09. Foi de Amor
10. Cuidado
11. Pegando Fogo
Avaliação:
Selo: SLAP/Som Livre
Ano de lançamento: 2014

Nação Zumbi - Cicatriz


                       


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