Fonte: planetasustentavel.abril.com.br
Imagens: embalagemsustentavel.com.br / hiperativo.com
Edição: Jorge Luiz da Silva.
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL)
RECURSOS HÍDRICOS
Hidrelétrica Porto Primavera, no Rio Paraná.
O Brasil é um dos países mais bem contemplados com fontes
de água doce do planeta (Antonio Milena)
Dois terços da população
mundial em 2025
não terão acesso à água potável se nada for feito para evitar a
escassez
Revista Atualidades
Vestibular -2008
A natureza pode ser
irônica quando responde às agressões causadas pelo homem. Exemplo disso é a
relação da humanidade com a água, o líquido mais abundante da Terra. Tratamos
tão mal nosso planeta que acabamos nos colocando numa realidade catastrófica,
de dupla face: ao mesmo tempo que corremos o risco de afogar nossas cidades sob
a água salgada do mar, padecemos da falta de água doce.
De um lado, está o
aquecimento global, com o conseqüente derretimento das geleiras e a elevação do
nível dos mares, que ameaça desalojar bilhões de habitantes das zonas
litorâneas. De outro, há o esgotamento das reservas de água potável do planeta.
Em outras palavras, estamos chegando à mesma situação extrema de um náufrago,
que se vê com água por todos os lados, mas sem nenhuma gota para beber.
E, em 2050, apenas um quarto da humanidade vai dispor de água para satisfazer
suas necessidades básicas.
A escassez de água não ameaça apenas com a sede. Traz
a morte na forma de doenças. Segundo a ONU, 1,7 bilhão de pessoas não têm
acesso a sistemas de saneamento básico e 2,2 milhões morrem a cada ano em todo
o mundo por consumir água contaminada e contrair doenças como diarréia e
malária.
A água potável é um bem raro por natureza. Quase 97,5% da água que
cobre a superfície da Terra é salgada. Dos restantes 2,5%, dois terços estão em
estado sólido, nas geleiras e calotas polares - de difícil aproveitamento.
A
maior parte da água em estado líquido encontra-se no subterrâneo. Lagos, rios e
lençóis freáticos menos profundos são apenas 0,26% de toda a água potável.É
dessa pequena fração que toda a humanidade (e boa parte da flora e fauna)
depende para sobreviver.
É claro que, a princípio, fontes não deveriam
esgotar-se, com o ciclo da água garantindo a permanente renovação do volume de
rios, lagos e lençóis freáticos por meio das chuvas, originadas pela evaporação
dos mares. A água está em eterna reciclagem, há bilhões de anos. A questão é o
descompasso entre o tempo necessário para essa renovação e o ritmo em que
exploramos os recursos hídricos.
DESEQUILÍBRIO
O primeiro problema é o
desequilíbrio na distribuição - um desequilíbrio que começa pela geografia
física e segue pela economia. Alguns países têm muito mais água do que sua
população necessita. É o caso do Canadá, da Islândia e do Brasil.
Outros são
situados em regiões extremamente secas, como o norte da África, o Oriente Médio
e o norte da China.Como resultado dessa má distribuição, um canadense pode
gastar até 600 litros de água por dia, enquanto um africano dispõe de menos de
30 litros para beber, cozinhar, fazer a higiene, limpar a casa, irrigar a
plantação e sustentar os rebanhos.
As populações que habitam as áreas mais
áridas da Terra vivem o que se chama "estresse hídrico", uma reunião
de fatores ambientais, como falta de chuvas, e socioeconômicos, como
crescimento demográfico alto, que resulta em gente demais para água de menos.
A
África Subsaariana não é de todo desprovida de recursos hídricos.
0 comentários:
Postar um comentário