Texto: Marília Neves
Fonte: G1.Globo.com
Fotos: Reprodução
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL
Fonte: G1.Globo.com
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Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL
Cantora e atriz viverá rainha do rebolado em 'Bingo – O rei das manhãs', inspirado na história de Arlindo Barreto, que vivia o famoso palhaço.
Emanuelle Araújo já até cantou em "Pra lá e pra cá" - quando comandava a Banda Eva - que seu balanço não era brincadeira. Mas a cantora e atriz precisou reformular sua ginga para seu próximo trabalho nos cinemas. Ela vai interpretar Gretchen no filme "Bingo – O rei das manhãs", que estreia em 24 de agosto.
“O rebolado da Gretchen é totalmente diferente do meu.
Tive que desconstruir minha ginga para aprender a dela.
Um desafio e tanto.
Uma experiência deliciosa”, conta Emanuelle.
“Bingo” é uma história fictícia, inspirada na vida de Arlindo Barreto, que de 1984 a 1986 deu vida ao palhaço Bozo. No longa de Daniel Rezende, Gretchen, que viveu um romance com Arlindo, é a única personagem retratada como na realidade.
“A Gretchen ‘personagem’ é inserida de forma inteligente no roteiro. Para além de real ou fictício, senti a responsabilidade de representá-la. Estudei e me dediquei bastante para isso. Fico muito feliz com o resultado final do nosso trabalho”, elogia Emanuelle.
A cantora não chegou a se encontrar com Gretchen na fase de preparação da personagem, mas fez uma grande pesquisa pela internet sobre a cantora.
Emanuelle Araújo vai interpretar Gretchen no filme "Bingo – O rei das manhãs"
(Foto: Divulgação/TV Globo)
“Tentei me aproximar o máximo possível dessa potente energia que ela tem e todo a força feminina que passava no início da sua carreira, período do recorte do filme.”
Emanuelle ainda confessa: “Eu era muito fã da Gretchen. Quando criança dançava o Piripipi na sala nas festinhas de família.”
"Bingo – O rei das manhãs" mostra a história de um famoso apresentador que, por cláusula, não podia revelar sua verdadeira identidade. Com isso, não era reconhecido sem sua fantasia dos palcos. O próprio filho do personagem o indaga o pai sobre “de que adianta ser Bingo, sem ninguém poder saber”.
Questionada se o reconhecimento nas ruas é mais importante do que a satisfação pessoal, Emanuelle fica no meio do caminho. “O meu foco é que os trabalhos que faço, produzo e estou envolvida façam sucesso. Adoro reconhecimento ao meu trabalho, mas em alguns momentos gosto de passar desapercebida também”, entrega, rindo.
Ela ainda faz uma breve análise da trama, que envolve a figura infantil mergulhada em um drama pessoal, com direito a sexo, drogas e rock'n'roll.
“Todo o filme tem uma curva dramatúrgica interessante. A história do Arlindo já é interessante por si e o roteiro e direção tornam ela mais sedutora. O conflito do Arlindo com sua identidade que não pode ser revelada é um retrato relevante dessa história. Todo o contexto estético dos anos 80 traz ainda mais brilho a trama.”
O filme traz ainda a participação de Domingos Montagner, que morreu em setembro de 2016. Emanuelle não chega a contracenar com o ator, mas relembra a amizade.
“Domingos era um amigo muito querido. O trabalho dele no filme é lindo! Trabalhamos juntos na novela ‘Cordel Encantado’.
Era um ser de Luz. Tenho certeza que está em paz.”
Por falar em novela, Emanuelle conta que aguarda um novo convite. “Estou sempre focando nas duas carreiras. Conciliá-las é sempre o meu objetivo”, conta. A mais recente personagem foi Yara, de “A Lei do Amor”, novela que chegou ao fim em 31 de março.
Enquanto aguarda o lançamento de “Bingo”, Emanuelle se dedica à música. Em 9 de junho, ela fará um show no Teatro Rival, no Rio, para lançar a versão em vinil de seu disco "O Problema é a Velocidade”.
“Estou em um momento viciada na compra de vinis e o mercado deste formato ampliou bastante ultimamente. Está é uma sonoridade que combina bastante com o conceito do meu disco. ‘O Problema é a Velocidade’ nasceu para ser vinil”, explica.
Além de comprar discos em vinil em cada viagem que faz, Emanuelle guarda algumas relíquias. “Ainda guardo a trilha do filme ‘Emmanuelle’ original com as canções em francês. Tenho desde adolescente", lembra, rindo.