Texto: Helton Simões Gomes. Fonte: G1 (São Paulo)
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL)
Apresentação do cantor Lobão neste domingo na Praça do Mercado Municipal
(Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Cantor disse que deixaria o país se a
petista fosse reeleita.
Relato tratava de perseguição e
declaração foi mal interpretada, diz Lobão.
O cantor Lobão voltou atrás e afirmou nesta
segunda-feira (27) que não deixará o Brasil, conforme havia sugerido caso Dilma Rousseff (PT) se reelegesse presidente.
Com 51,64% dos votos válidos, a presidente foi eleita para cumprir seu segundo
mandato e o quarto seguido do PT.
“É óbvio que eu não vou sair [do Brasil]”, afirmou o
cantor. Ainda neste domingo (26), páginas no Facebook relacionadas ao cantor
brincavam com a polêmica criada pelo artista. “Se é para o bem dos bons e
desespero total do PT, diga ao povo que fico!”, dizia uma delas.
A celeuma começou em uma conversa na internet transmitida em vídeo, da qual o cantor participava. Em um dado momento, Lobão afirmou que
deixaria o país se Dilma se reelegesse. A partir daí, à medida que Dilma
oscilava à frente dos adversários em pesquisas de intenção de voto, “memes”
eram criados para brincar com uma possível futura saída de Lobão do país.
Evento de despedida do cantor Lobão (Foto:
Reprodução/Facebook)
Marcado para domingo (5), dia do primeiro turno das
eleições presidenciais, o evento criado no Facebook “Festa de Despedida do
Lobão” chegou a receber 11 mil confirmações de presença.
O cantor afirmou que foi mal interpretado, pois sua
declaração foi tirada de contexto. “Eu estava comentando que eu estou sendo
boicotado nos meus shows, ameaçado de morte, sendo perseguido nas redes
sociais, fui pra lista negra do PT”, afirmou.
“Tinha saído de um almoço naquele dia e muitas pessoas
tinha comentado também que estavam todos saindo do Brasil. O êxodo do Brasil é
um fato.
E eu falei que isso está ficando uma coisa muito preocupante. Porque
nós não conseguimos ter uma segurança mínima para morar no Brasil e se isso
continuar provavelmente a gente vai ter que fazer uma vila de exilados”,
completou.
Festa da reeleição de Dilma Rousseff lota a Avenida
Paulista, em São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)
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