Por: Kelly
Oliveira. Fonte: Agência Brasil
Fotos: Revistapegn.globo.com / sindmetal.org.br
Edição: Jorge
Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
As taxas de juros cobradas pelos bancos no crédito para empresas e
famílias continuaram subindo em fevereiro. De acordo com o Banco Central (BC),
no caso das pessoas físicas, de janeiro para fevereiro, a alta ficou em 1,3
ponto percentual, para 41,2% ao ano.
De acordo com o BC, a alta na taxa média cobrada das famílias
ocorreu por influência do aumento dos juros cobrados pelo uso do cheque
especial e do crédito pessoal não consignado em folha de pagamento. A taxa do
cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais, para 156,6% ao ano, e do crédito
pessoal, 3,4 pontos percentuais, para 94,6% ao ano.
As empresas pagaram taxa média de 23,1% ao ano ano, em fevereiro,
com alta de 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. As taxas subiram mesmo
com a queda na inadimplência das famílias. A inadimplência, considerados
atrasos superiores a 90 dias, caiu 0,1 ponto percentual, para 6,5%. No caso das
empresas, houve alta de 0,1 ponto percentual para 3,3%.
Esses dados são do crédito com recursos livres, em que as instituições
têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de
juros. O BC também divulga informações sobre o crédito direcionado (empréstimos
com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores
habitacional, rural e de infraestrutura). Nesse segmento, houve redução das
taxas de juros em 0,5 ponto percentual para 7,2% ao ano para pessoas físicas e
em 0,1 ponto percentual para 7,9% ao ano para as empresas.
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$
2,733 trilhões, sendo que a maior parte (R$ 1,492 trilhão) é crédito livre.
Esse saldo correspondeu a 55,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos
os bens e serviços produzidos no país. É o mesmo percentual registrado em
janeiro.
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