Por: Daniel Mello. Fonte: Agência Brasil
Fotos: ebc.com.br / panoramaaudiovisual.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Começa na quinta-feira (20) a terceira edição da Mostra
Ecofalante de Cinema Ambiental. Durante os sete dias de festival serão exibidos
mais de 60 filmes - longa, média e curta-metragens de 30 países. As películas
estão agrupadas em cinco eixos temáticos: cidades, campo, economia, energia e povos
e lugares. A mostra está dividida em sete pontos de exibição na capital
paulista.
O evento é uma iniciativa da organização não governamental
(ONG) Ecofalante, um coletivo formado em 2003 por educadores, comunicadores e
cineastas. Neste ano, serão premiados dois filmes latino-americanos, um
escolhido pelo público e outro pelo juri. Estão programados debates com
diretores e com o homenageado da edição, o jornalista Washington Novaes.
Além de um festival de cinema, a proposta da Ecofalante é
ser uma oportunidade para o debate de temas ligados ao meio ambiente. “Ela
nasceu com a ideia de ser uma plataforma de informação e conhecimento que, por
meio do audiovisual, pudesse discutir temas absolutamente relevantes para a
nossa vida. Temas ligados a sustentabilidade, meio ambiente, cidadania,
conservação e políticas públicas”, ressalta o diretor da mostra, Chico Guariba.
O festival apresenta obras que dificilmente seriam
exibidas nas salas comerciais. “A gente achava importante que aqui, em São
Paulo, um dos centros de decisão econômica do país, tivesse uma mostra que
trouxesse esses filmes que não chegavam no Brasil”, destacou Guariba.
Os filmes são selecionados a partir de festivais de cinema
em todo o mundo. Ele disse que, a princípio, a Ecofalante era voltada para a
produção documental. No entanto, a ficção tem se aproximado cada vez mais dos
temas ambientais. “A pauta do cinema, de maneira geral, caminha também na
ficção muito fortemente para discutir questões prementes da relação entre homem
e a natureza”, explica o diretor.
O longa-metragem japonês Terra da Esperança, por exemplo,
fala sobre uma família que vive em uma região atingida por um acidente nuclear.
Como apenas a metade das terras desses camponeses está dentro do raio de
evacuação obrigatória, eles têm que decidir entre acompanhar os vizinhos, ir
para um abrigo ou permanecer em casa.
A energia nuclear também é tema de alguns documentários
que fazem parte da mostra. Três deles tratam direta ou indiretamente do
acidente ocorrido na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão. “São filmes
importantes que atualizam as informações sobre um desastre que não tem
proporções, que a gente conhece muito pouco do que está acontecendo”, pontua
Guariba.
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