Por: Carol Gonçalves. Fonte: Agência Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL)
Em dez dias, quase 200 mil pessoas passaram pela 2ª
Bienal Brasil do Livro e da Leitura, segundo estimativas iniciais dos
organizadores. O evento reuniu em Brasília, em vários espaços da lona montada
em plena Esplanada dos Ministérios, pelo menos 128 autores nacionais e
internacionais e uma programação que mesclou lançamentos de livros com
palestras, debates, peças teatrais, shows e contação de histórias.
De acordo com os organizadores, as homenagens aos
escritores Ariano Suassuna e o uruguaio Eduardo Galeano, autor de Veias Abertas
da América Latina, atraíram o maior público da bienal. As atrações ocorreram em
um auditório com 800 lugares. Assessores do evento disseram que foram colocadas
mais 200 cadeiras no local e instalado um telão para que as pessoas que ficaram
do lado de fora pudessem acompanhar a palestra dos escritores e as homenagens.
A bienal deste ano ainda foi atração para as
escolas públicas do Distrito Federal (DF), que se desdobraram para selecionar
um grupo limitado de alunos que participaria dos passeios diários que ajudaram
a lotar o evento. Por dia, quase 15 mil estudantes visitaram a bienal divididos
em três turnos. O transporte foi arcado pela Secretaria de Educação do DF, que
também disponibilizou R$ 4 milhões para a compra de livros. Os alunos que
visitaram os estandes das livrarias indicavam títulos que gostariam que
estivessem nas bibliotecas escolares e os coordenadores pedagógicos fizeram a
seleção final.
Nas atrações de hoje (21), último dia do evento, os
destaques ficaram com o teatro de bonecos João e o Pé de Feijão, que encheu a
Arena Infantil Monteiro Lobato, e com as mesas redonda sobre literatura negra e
sobre a leitura no mundo de novas tecnologias. O último debate tratou das
fronteiras impostas à literatura e foi conduzido por especialistas do Brasil,
do Chile, da Bolívia, da Colombia e do Uruguai.
A 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura começou no
dia 11 de abril e abriu a programação do aniversário de 54 anos de Brasília. Um
dos temas mais tratados no evento foi os 50 anos do golpe militar. O assunto
inspirou palestras, seminários e exposições. A primeira edição do evento
ocorreu em abril de 2012 e reuniu em Brasília cerca de 200 autores de vários
países. Na época, os homenageados foram o escritor nigeriano Wole Soyinka,
prêmio Nobel de Literatura de 1986, e Ziraldo, um dos maiores expoentes de
literatura infantil brasileira.
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