Por: Wellton Máximo. Fonte: Agência Brasil. Fotos: cecac.org.br e meionorte.com
Brasília – O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco
Central) teve em agosto o pior superávit primário – economia para pagar os
juros da dívida pública – em um ano e meio. Segundo números divulgados hoje
(27) pelo Tesouro Nacional, o esforço fiscal no mês passado somou R$ 1,583
bilhão. É o pior resultado mensal desde agosto de 2002, quando a economia tinha
totalizado R$ 1,32 bilhão.
O superávit primário em agosto foi 60,4% menor do que em julho, quando o
Governo Central havia economizado R$ 3,993 bilhões. O resultado do mês passado
só não ficou negativo porque quatro estatais pagaram R$ 5,828 bilhões em
dividendos ao Tesouro Nacional. Os dividendos representam parte dos lucros de
uma empresa distribuídos aos acionistas. Como o Tesouro é o maior acionista das
estatais, o governo também se beneficia dos pagamentos.
Nos oito primeiros meses de 2012, o esforço fiscal soma R$ 53,493 bilhões,
23,4% a menos do que os R$ 69,876 bilhões economizados no mesmo período de
2011. Apesar do fraco resultado dos últimos meses, o superávit acumulado está
16,3% acima da meta de R$ 46 bilhões que deveria ser alcançada no fim de
agosto.
Os dados do Tesouro mostram que os gastos federais voltaram a crescer em
ritmo maior do que as receitas. No acumulado de 2012, as despesas do Governo
Central ficaram 12,2% mais altas em relação ao mesmo período do ano passado,
contra expansão de 10,5% registrada nos cinco primeiros meses de 2011 (ante
2010). As receitas líquidas aumentaram 7,5% neste ano em relação ao ano passado.
Os gastos de custeio, para manutenção da máquina pública, aceleraram
fortemente e aumentaram 13,8% de janeiro a agosto, contra apenas 4,6% no mesmo
período de 2011. As despesas com o funcionalismo público, no entanto,
elevaram-se bem menos, apenas 3,3% no acumulado do ano, contra 10,3% nos oito
primeiros meses de 2011.
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