Texto: Ana Clara
Otoni
Fonte: Page NotFound (oglobo.globo.com)
Imagem (meramente ilustrativa) Reprodução/Wikicommons
Edição: Jorge
Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog
MUSIBOL)
Um
estudo publicado pela “Medical Hypotheses” e divulgado pelo “Washington Post”
mostra que, para algumas pessoas, mastigar gelo pode ser melhor do que ter uma
relação sexual. Segundo a pesquisa, pessoas que possuem deficiência de ferro no
organismo podem desenvolver um distúrbio conhecido como pagofagia, desejo
compulsivo em mastigar e chupar gelo.
Os pesquisadores dividiram os participantes
da pesquisa em anêmicos e saudáveis e pediram para que eles consumissem ou um
copo de água morna ou uma xícara de gelo. Após 22 minutos, todos eles passaram
por um teste de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). O
resultado foi surpreendente: os indivíduos com deficiência de ferro que tomaram
água morna tiveram um desempenho muito mais lento do que os indivíduos
saudáveis. Já aqueles que optaram por mastigar gelo apresentaram resultados tão
positivos quanto os não-anêmicos.
Segundo o “Washigton Post”, a compulsão por
gelo é causada por alotriofagia ou transtorno de pica (nome infeliz), que se
manifesta pelo apetite por substâncias não nutritivas e até não-comestíveis,
como terra, carvão ou tecidos. Segundo a pesquisadora Melissa Hunt, o
desempenho mais rápido daqueles que optaram por ingerir gelo pode estar
relacionado a um reflexo semelhante ao momento em que se mergulha em água fria.
É como se um gatilho fosse acionado e enviasse mais sangue para o cérebro após
a exposição à água gelada.
Há, contudo, contradições no estudo que
levaram dois hematologistas a apontar falhas na pesquisa. Segundo eles,
apresentar uma deficiência de ferro não significa necessariamente ser anêmico.
Em todo caso, nenhum deles pode negar o efeito poderoso do gelo em seus
pacientes:
“Um deles me disse: ‘Eu amo gelo. É melhor do
que sexo’”, disse um hematologista.
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