Fonte: correio24horas.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
ACM Neto falou sobre
ação da OAB em coletiva (Foto: Divulgação)
Em coletiva,
ACM Neto disse que decisão contrária da Justiça à prefeitura pode "parar a
cidade"
A Ordem dos
Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) decidiu nesta sexta-feira (7) entrar com
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei de reajuste do
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Salvador. Segundo a OAB-BA,
foram 35 votos a favor da Adin e sete contrários em sessão plenária.
O prefeito
chegou a se reunir com representantes da OAB-BA esta semana, mas não houve
consenso. Para a OAB o reajuste não foi constitucional.
Além da OAB,
duas outras associações revelaram intenção de entrar na Justiça contra o
aumento do IPTU - a Federação das
Associações das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado da Bahia
(Femicro), que considera o aumento "abusivo", e seção Bahia da
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
Em coletiva
na noite de hoje, o prefeito ACM Neto disse que "lamentava" a decisão
da OAB. "Primeiro porque ela tá
completamente fora de propósito. As leis que foram aprovadas no ano passado,
foram aprovadas com toda correção, seguindo o devido processo, respeitando a
constituição e as exigências da legislação municipal", comentou o
prefeito. Ele falou das consequências que uma mudança na cobrança do IPTU
poderia trazer à cidade. "A decisão
agora, da OAB, eu honestamente acho que não vai ter acolhida no Poder
Judiciário, tenho certeza que a Justiça vai entender a repercussão desse
assunto no momento atual. Ela (a Adin) poderia gerar um caos para a cidade, um
colapso (...) O IPTU é a principal fonte de receita da cidade",
acrescentou.
Segundo o
prefeito para que o município comece a fazer a cobrança, são precisos 5 meses
de organização - que foi o tempo levado para a cobrança atual. A suspensão ou
mudança de regras significariam começar do zero e, enquanto isso, deixar os
cofres da cidade com pouco dinheiro. "Nós não vamos ter dinheiro para
pagar funcionário, não vamos ter dinheiro para manter posto de saúde, para
manter escola, para nada. A cidade literalmente para", afirmou. ACM Neto voltou
a dizer que a manifestação contrária ao aumento deveria ter sido feita quando a
lei foi aprovada, não agora, quando a cobrança já está em andamento.
A
Procuradoria da Prefeitura está analisando o caso e vai se manifestar.
Imóveis
residenciais tiveram aumento de até 21,5% no imposto.
Para imóveis
não-residenciais, o aumento chegou até a 240%.
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