Por: Fernanda Cruz. Fonte: Agência Brasil.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Os brasileiros utilizaram 17,8% mais
cartões de crédito e de débito durante o ano passado na comparação com 2012,
segundo balanço divulgado hoje (19) pela Associação Brasileira das Empresas de
Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O volume relativo a essas transações
somou R$ 853 bilhões em 2013.
Apenas os cartões de crédito, em
2013, registraram alta de 15,3% em relação a 2012, somando R$ 553 bilhões. As
transações feitas com cartão de débito somaram R$ 300 bilhões, alta de 22,5% na
mesma base de comparação. Com relação à quantidade de transações, em 2013,
houve alta de 14% nos dois tipos de cartões, na comparação com 2012, um total
de 9,3 bilhões de usos. O cartão de crédito, além disso, foi a quarta maior
modalidade na composição da carteira de crédito dos bancos emissores.
Durante o ano passado, os cartões
representaram, em média, 28% do consumo total dos brasileiros. No último
trimestre, o percentual atingiu 30% pela primeira vez no país. A quantidade de
terminais que aceitam cartões também cresceu: passou de 3,5 milhões de
terminais no primeiro semestre do ano passado para 3,8 milhões no segundo
semestre. Para o presidente da Abecs, Marcelo Noronha, o pagamento por meio de
cartões é crescente no país. "Você chega numa banca de jornal, na feira,
na praia e quer pagar com cartão", disse.
Segundo Noronha, a perspectiva para
2014 é um crescimento ainda maior. As transações com cartões de crédito e de
débito sobem para R$ 1 trilhão, o que representa uma alta de 17,1%. "A
tendência é uma penetração ainda maior [dos cartões] em todos os países, mas
ainda no Brasil, onde o setor investiu fortemente na captura", declarou.
Os programas de recompensa, como de
milhagens, devolveram aos consumidores de cartões R$ 2,4 bilhões em 2013. No
ano passado, o montante foi de R$ 2,1 bilhões.
O tempo de permanência dos
consumidores no rotativo do cartão foi de, em média, 18 dias. "A pessoa
não fica lá indefinidamente, pagando o ano inteiro, porque você tem muitas
opções de sair do rotativo". Noronha disse que os emissores têm estimulado
o parcelamento do valor do rotativo, já que a taxa de juros dessa forma de
pagamento é menor.
O comprometimento da renda do
brasileiro atingiu 22% e o endividamento ficou em 45%. Para o presidente da
Abecs, esse percentual alto de endividamento está associado ao crescimento do
financiamento de imóveis, e não ao pagamento de contas a curto prazo, o que é
um sinal positivo. "Isso mostra que o brasileiro, na verdade, não está
endividado", declarou.
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