Por:
Pedro Peduzzi. Fonte:
Agência Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Imagens: oglobo.globo.com / valor.com.br
Serrinha, BA
(da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
Os custos industriais cresceram 2,5% no
primeiro trimestre de 2014 na comparação com o último de 2013. Contribuíram
para o resultado, que leva em consideração o ajuste sazonal, o aumento dos
custos de capital de giro (10,9%), energia (3,3%), tributos (2,3%) e com
pessoal (2,8%). No mesmo período, o custo de produção – formado pelos custos
com energia, pessoal e bens intermediários, sem incluir portanto o gasto com
capital de giro e tributos – o crescimento registrado ficou em 2,2%, também na
comparação com o trimestre anterior.
Os números constam do Indicador de
Custos Industriais do primeiro trimestre de 2014, divulgados hoje (5) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Se a comparação for com o primeiro
trimestre de 2013, o crescimento do custo de produção ficou em 8,8%, tendo o
custo com energia aumentado 5,6%. Os 12,5% de aumento do custo com óleo
combustível foi o fator que exerceu maior influência neste índice.
O aumento nos preços relativos a bens
intermediários foi 1,9% na comparação com o último trimestre de 2013. De acordo
com a CNI, isso confirma uma desaceleração do crescimento desses custos,
identificado nos terceiro e quarto trimestre do ano passado, que apresentaram
índices de 4,7% e 2,1% respectivamente.
Em relação ao custo tributário, que
aumentou 2,3%, a CNI destaca que apesar de ser o terceiro trimestre consecutivo
de crescimento, há um diferencial: enquanto os aumentos anteriores tinham o
ICMS como principal tributo, no primeiro trimestre de 2014 a liderança ficou
com o IPI. “Isso já é uma consequência de o governo ter dado fim a algumas
desonerações aplicadas sobre o IPI, especialmente para bens de consumo”,
explicou à Agência Brasil o gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Ainda segundo a CNI, um dado que indica
recuperação da competitividade internacional da indústria brasileira no início
de 2014 foi o fato de os preços dos manufaturados importados terem sido
superiores que os brasileiros. Enquanto os manufaturados importados aumentaram
3,4% e o norte-americano 4,8%, o brasileiro aumentou 2,1%. Isso, diz o estudo,
se deve à desvalorização cambial da moeda brasileira, registrada no período.
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