Por: Kelly Oliveira. Fonte: Agência Brasil.
Imagens:
vladmirfalmeida.blogspot.com / thehindubusinessline.com
Edição:
Jorge Luiz da Silva
Serrinha,
BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
A maior
concentração de despesas e a redução de receitas levaram ao pior resultado das
contas públicas para meses de maio, avaliou hoje (30) o chefe do Departamento
Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.
Em maio,
o setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e
empresas estatais – apresentou déficit primário de R$ 11,046 bilhões, o primeiro
resultado negativo registrado no período. Ao analisar todos os meses da série
histórica, iniciada em 2001, esse foi o pior resultado desde dezembro de 2008,
quando o déficit primário chegou a R$ 20,952 bilhões.
Segundo
Maciel, em maio houve aumento de investimentos do governo e redução de receitas
de dividendos e de depósitos judiciais em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em maio de 2013, o setor público registrou superávit primário de R$ 5,681
bilhões.
Ele disse que ainda é cedo para avaliar se o setor público terá
dificuldade para atingir a meta de superávit primário de 1,9% do Produto
Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “É
preciso aguardar os próximos resultados.
Ainda há uma série de eventos a
ocorrer, como receitas de concessões, volume de dividendos previstos na LOA
[Lei Orçamentária Anual], Refis [programa de renegociação de dívidas com a
União]. Uma avaliação exige um conjunto de dados mais amplo.
Não devemos fazer
essa avaliação especificamente com o último resultado [de maio]”, argumentou.
O
resultado primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida
pública.
Hoje, o
BC revisou a projeção para a dívida líquida do setor público em relação ao PIB
de 33,4% para 34%, em dezembro deste ano. Essa estimativa é feita com base no
superávit primário em 1,9% do PIB. Ao considerar parâmetros de mercado, como o
superávit primário em 1,5% do PIB, a dívida líquida deve ficar em 34,4% do PIB,
contra 33,8% previstos anteriormente.
A dívida
bruta deve chegar a 58,4% do PIB, de acordo com a previsão do BC, ou 58%,
segundo parâmetros de mercado.
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