Por: Flávia Albuquerque. Fonte: Agência
Brasil
Fotos: diariocatarinense.clicrbs.com.br
/ aderlandio.blogspot.co
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
A Polícia Federal e a Receita
Federal deram início hoje (16) a uma operação com o objetivo de combater
fraudes em declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física. Foram presos um
servidor da Receita e três contadores. De acordo com o chefe da Delegacia de
Repressão aos Crimes Financeiros da Polícia Federal em São Paulo, Rodrigo
Sanfurgo, a partir de informação da Receita Federal foram dois meses de
investigação sobre a organização criminosa.
“O esquema funcionava com os
escritórios que enviavam as declarações de pessoas físicas fraudadas para a
Receita. Essas declarações propiciavam o não pagamento de tributos ou
restituições altíssimas em torno de R$ 10 a R$ 30 mil”, disse. Segundo ele,
quando chegavam à Receita, um auditor lotado em uma das delegacias da capital
paulista as recebia e não permitia que a declaração fosse analisada, por isso a
fraude não era detectada.
Rodrigo Sanfurgo informou que com
o auditor da Receita foram apreendidos R$ 350 mil. Segundo ele, os envolvidos
na fraude são profissionais liberais com rendimentos altos, dentistas, médicos
e advogados, que informavam valores indevidos de deduções e despesas médicas.
O corregedor-geral da Receita
Federal, Antônio Carlos Costa D'avila Carvalho, explicou que o contador fazia o
contato com o contribuinte e com o auditor, que explicava como o formulário
deveria ser preenchido para que a fraude não fosse detectada. “O contador
negociava a remuneração com o contribuinte e repassava para o auditor. Havia
uma série de deduções e despesas com base em notas fiscais que nem existiam”,
explicou.
O corregedor disse que algumas
vezes o próprio fiscal fazia as declarações dos contribuintes e as transmitia
de seu computador pessoal. “O auditor trabalha há algum tempo na Receita, é
concursado, funcionário de carreira.” Foram fraudadas cerca de 5 mil
declarações, de 2 mil contribuintes nos execícios de 2010 a 2012.
Além do pagamento dos impostos
devidos, os contribuintes envolvidos na fraude estão sujeitos ao pagamento de
juros e multas, sem prejuízo da responsabilidade criminal. O auditor responderá
pelo crime de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os contadores responderão por corrupção ativa e por fazerem parte de
organização criminosa.
0 comentários:
Postar um comentário