Por: Camila Jasmin
Fonte:
Ibahia.
Edição:
Jorge Luiz da Silva
Serrinha,
BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
A mostra é gratuita e acontece até dia 31 de maio,
de segunda à sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h. Nos sábados, a exibição
fica aberta das 9h às 12h.
A data redonda é 26 de maio. Mas as homenagens
pelos 100 anos de Irmã Dulce começaram, oficialmente, ontem à noite, com a
abertura da exposição 100 anos de Irmã Dulce: Encantos e Memórias, no Instituto
ACM, no Terreiro de Jesus.
Entre as preciosidades expostas, está uma das
últimas cartas escritas pela beata, em agosto de 1990, apenas dois meses e meio
antes de ser internada em definitivo, dirigida a sua irmã, Dulcinha. O registro
está na escrivaninha que ficava em seu quarto e onde ela costumava responder às
correspondências. A mostra também traz a cadeira de madeira onde a Bem
Aventurada Dulce dos Pobres sentava-se para atender as 400 crianças que
abrigava no Centro Educacional Santo Antônio (Cesa), na cidade de Simões Filho,
fundado por ela em uma antiga fazenda agrícola doada pelo então governador da
Bahia, Lomanto Júnior.
Na época, o Centro funcionava como orfanato
exclusivo para meninos em risco social. Cinquenta anos depois, tornou-se escola
em tempo integral para meninos e meninas.
“Irmã Dulce, sem dúvida alguma, foi a baiana que
mais fez pelos pobres. Ela foi uma santa que operou muitos milagres em sua
vida, como o de estender a mão e acolher aqueles que mais precisavam.
No detalhe o genuflexório onde irmã Dulce rezava
Daí porque a sua obra é eterna e, nesse momento,
nada mais justo que homenageá-la e buscar o seu exemplo e a sua referência para
que a gente possa ter, em cada cidadão, também um pouco de Irmã Dulce”, destacou
o prefeito ACM Neto.
O assessor de Memória e Cultura das Obras Sociais
Irmã Dulce (Osid), Osvaldo Gouveia, que assina a curadoria da mostra ao lado de
museólogos, conta que, em 1955, Irmã Dulce fez a promessa de só se sentar e
dormir em cadeiras e camas sem qualquer acolchoamento ou conforto. “Era para
buscar o máximo de sofrimento, como fez Cristo, para justificar o que ela
estava fazendo”, opina Gouveia. A promessa só foi quebrada nos idos de 1986,
por recomendação médica, quando a saúde da freira já estava bem debilitada.
O acervo ainda traz telas assinadas por anônimos e
famosos, como o artista plástico Gustavo Moreno; um estandarte confeccionado
pela escritora Mabel Velloso e outro vindo da região de Trevilho, na Itália; e
ainda o genuflexório onde Irmã Dulce se debruçava para fazer sua orações.
As comemorações do centenário se estendem até maio
do ano que vem. A programação inclui o lançamento do filme Irmã Dulce, previsto
para dezembro próximo, a publicação de livro e de um disco com músicas
religiosas em homenagem a Dulce, e ainda, palestras e mesas redondas. No dia
25, véspera da data em que, de fato, se celebram os seus 100 anos, já está
definida uma caminhada, às 16h, saindo do Bonfim e até o Largo de Roma, que
hoje abriga a Praça Irmã Dulce e um busto feito por Bel Borba. “Irmã Dulce é um
símbolo importante da Bahia. É um ícone pelo seu trabalho e todo legado que
deixou. Reafirmo o nosso compromisso de estar presente em todas as etapas
comemorativas do seu centenário”, garantiu o presidente da Rede Bahia, Antonio
Carlos Júnior.
Matéria Original Correio 24h
Cem anos de fé.
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