Por: Nelson Cadena. Fonte e
foto: IBahia.
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Esporte Comunitário)
← Do tempo em que um anúncio de
página valia seis arrobas de carne.
Num dia qualquer de finais da
década de 1910 o Sr Alfredo Souza, distribuidor de jornais e revistas, desceu a
Rua Chile arrastando um carrinho que chamou de banca ambulante, alternativa de
distribuição para os quiosques ou entrega em residências, através dos então
chamados postilhões.
O nome postilhão que surgiu em
inícios do século XIX identificava o cidadão que entregava correspondências,
mais tarde extensivo aos entregadores de assinaturas de jornais. Postilhão
tinha a ver com postal. Então, o Sr Souza, na foto de gravata borboleta, mandou
construir um carrinho com rodas de ferro e prateleiras de madeira e de alguma
forma conseguiu pendurar algumas das publicações à venda, como se observa na
foto.
A banca do Souza foi um sucesso.
Era novidade e o distribuidor sabia que tudo que repercutia na cidade tinha
como cenário a Rua Chile, lugar frequentado pela elite política, intelectual e
boemia de Salvador. A grande vantagem desse jeito novo de distribuição estava
na possibilidade de se deslocar o ponto de venda para a Praça Castro Alves ou
para o Terreiro de jesus ou então descer o Elevador Lacerda e fixar ponto na
Praça Cayru.
Deu certo. Outros imitaram a
iniciativa. Não se sabe por quanto tempo. Pois os quiosques que vendiam de tudo
também se multiplicaram na paisagem urbana da cidade.
0 comentários:
Postar um comentário