Por: Flávia Villela. Fonte: Agência Brasil
Fotos: redebrasilatual.com.br / veja.abril.com.br
/ assisramalho.com.br
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Cidade continuará sendo referência internacional para "manter aceso
ideário da Eco92 e da Rio+20
(Foto: CC/Lucas Duarte/RBA)
O Brasil tornou-se hoje (24) sede do Centro Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável, RIO+, espaço de debate e articulação de ações
econômicas, sociais e ambientais para promover práticas sustentáveis de
desenvolvimento.
O lançamento foi anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, e pela vice-diretora mundial do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan, durante o seminário internacional
“Rio+20: A Implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”,
no Jardim Botânico.
Izabella Teixeira lembrou que o Rio+ foi formalizado durante a Rio+20
para que fosse um órgão “paragovernamental”.
“O centro nasce não para ter consenso, tem que ser ambicioso, trazer
novas ideias, influenciar a sociedade para a questão, um lugar de livre
pensar”, disse a ministra. “Será um local para pensar o desenvolvimento
sustentável, um modelo inovador de desenvolvimento de ideias, com a
participação da sociedade, governos e especialistas”, declarou a ministra.
Izabella lembrou que a Rio+20 mudou a relação do Brasil com as Nações
Unidas para melhor. O novo centro é exemplo disso. “Foi um upgrade”, disse ela,
ao apostar que o centro seja também liderança no debate sobre os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável.
O centro tem apoio de mais de 20 instituições nacionais e estrangeiras:
reunirá cientistas do mundo todo para encontrar as melhores soluções
sustentáveis e inclusivas para o planeta. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (Coppe-UFRJ), no Fundão, zona norte do Rio de Janeiro, será o local
temporário do centro pelos próximos dois anos.
Rebeca Grynspan disse que o novo espaço poderá interferir positivamente
nas discussões intergovernamentais que culminam em setembro de 2014 na sede das
Nações Unidas. “Até agora tem sido muito difícil reunir as
interdisciplinaridades das agendas e o centro tem a missão de contribuir para a
convergência dos temas, como o da erradicação da pobreza e do desenvolvimento
sustentável”, disse ela.
O coordenador do centro, designado pelo Pnud, Rômulo Paes, informou que
os aportes iniciais para os projetos são da ordem de US$ 4,5 milhões, de um
pool de contribuidores da Rio+20, mas que também estão sendo feitas parcerias
público-privadas para o desenvolvimento de pesquisas sustentáveis.
“Teremos pesquisadores de várias instituições visitando o centro. Vamos
trabalhar em rede e receber diversos pesquisadores que possam contribuir para a
produção de conhecimento”, contou ele.
O espaço tem, por enquanto, cinco servidores do Pnud (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento). A sede permanente deve ser construída no
centro do Rio. Segundo o coordenador do projeto, a ideia é que seja construído
de maneira 100% sustentável.
Dentre os parceiros, estão incluídos as entidades brasileiras Fundação
Getulio Vargas e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
O secretário de Ambiente do estado do Rio e ex-ministro do Meio
Ambiente, Carlos Minc, lembrou que os assuntos debatidos no seminário
internacional e que as ações do novo centro refletem alguns dos anseios da
multidão que tem se manifestado nas ruas do Brasil.
“Esses temas estão interligados com grande parte da voz das ruas.
Sustentabilidade é ter saúde boa, ter transporte sem emitir carbono e com um
mínimo de conforto. Não adianta ter estádio com padrão Fifa e outros serviços
com padrão sub-Fifa”, declarou ele.
Minc informou que o governo abriu mão de cerca de R$ 7 milhões anuais da
conta de luz da Coppe para criar um fundo para desenvolver energia solar dentro
da UFRJ, entre outros projetos sustentáveis.
Minc chamou a atenção para a proposta de que as universidades e escolas
técnicas abram mais espaços de pesquisas que dialoguem com o novo centro da
Organização das Nações Unidas no Brasil.
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