Por: Tiago Di Araujo. Fonte: IBahia.
Fotos: Tiago Di Araujo
Serrinha, BA (da redação Itinerante
do Blog MUSIBOL)
Manifestantes tentam acordo com a polícia |
Manifestantes e policiais
entraram em confronto, causando pânico para os moradores do local
Momentos antes do início do jogo
entre Brasil e Itália, por volta das 15h50, manifestantes chegaram às
proximidades do Dique do Tororó, onde policiais militares e da tropa de choque
já estavam posicionados para evitar o avanço.
Os manifestantes alegavam o
direito de ir e vir, querendo chegar o mais próximo da Arena Fonte Nova para
maior visbilidade do protesto. Enquanto os mais pacíficos pediam para respeitar
o limite dado pela polícia, que não demonstrava nenhuma reação.
Entre os gritos de protesto, um rojão
foi disparado contra os policiais, que revidaram com bombas de efeitos moral,
dando início ao confronto e correria. Alguns integrantes da manifestação ainda
buscavam a pacificidade, mas sem sucesso.
Em reação à atitude dos
manifestantes, a polícia começou a avançar com o objetivo de dispersá-los,
sendo atacados com pedras, garrafas e rojões. Aos poucos, os policiais
avançaram e protestantes recuaram em direção aos Barris. Curiosos em suas casas
que acompanhavam o confronto, se mostravam assustados com o cenário.
O dono de um bar do local, que
não quis se identificar, contou que os manifestantes quiseram invadir o
estabelecimento. "Eles (manifestantes) queriam invadir o bar para pegar as
garrafas para jogar na polícia. Antes eu consegui fechar as portas",
explicou.
Sem conseguir rebater os
policiais, protestantes partiram para o vandalismo. Da Praça João Mangabeira ao
Politeama, pontos de ônibus foram destruídos, placas arrancadas e lixeiras
foram queimadas, causando transtorno geral para quem estava no local.
Com a chegada da tropa policial
às proximidades da Delegacia dos Barris, todos os integrantes da manifestação
se dispersaram, dando fim aos protestos no local. Confira as fotos da
manifestação e confronto entre protestantes e policiais.
Guerra no Iguatemi - No início da
noite de sábado (22), o Batalhão de Choque da Polícia Militar e manifestantes
também entraram em confronto na região do Iguatemi. O local se transformou numa
verdadeira praça de guerra. O confronto começou por volta das 18h. De acordo
com relatos de testemunhas, policiais militares insistiram para que o trânsito
fosse liberado em uma das vias da Avenida Tancredo Neves.
Um grupo com cerca de 50
manifestantes — de 6 mil que haviam
participado da marcha, segundo a PM — estava sentado na pista. “Um coronel
pediu a liberação de uma pista e os manifestantes conversavam com ele para
chegar a um acordo. Mas o Batalhão de Choque chegou e com ele não teve diálogo.
Já veio atacando”, diz o vendedor Bruno Soares, 20. “Eles lançaram bombas de
efeito moral e atiraram bala de borracha na gente”, disse Gabriel Nascimento,
estudante de Direito da Ufba.
O ambulante Isac Santana, que
trabalha em frente ao shopping, reclamou da ação da polícia. “Os ambulantes
todos saíram correndo em pânico. Eu estou com meu filho de 10 anos de idade
aqui e fiquei com muito medo do que poderia acontecer com ele. Por que a
polícia acha que tem direito de fazer greve, mas não deixa a população se
manifestar em paz?”, questionou.
Depredação - Em seguida, uma onda
de depredação se instalou. Pontos de ônibus foram destruídos, placas de
sinalização arrancadas, relógios digitais danificados, tonéis de lixo
incendiados e até os vidros da agência bancária do Bradesco, ao lado do Edifício
Capemi, foram quebrados.
Desesperadas, pessoas correram
para se abrigar no shopping. Algumas passando mal por causa dos gases lançados
pelos policiais. O Iguatemi fechou as portas e, segundo a assessoria do
shopping, ficou fechado até às 22h.
Após a ação no Iguatemi, um grupo
de 500 manifestantes seguiu em direção à Avenida Paralela. Atravessaram ônibus
na pista e bloquearam as vias. Após acordo com a PM, o trânsito foi liberado.
Até o fechamento da edição, às 22h30, uma via permanecia bloqueada.
0 comentários:
Postar um comentário