Por: Isabela
Vieira. Fonte e foto: Agência Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
O uso do sistema Isofix para a
fixação de cadeirinhas e bebê conforto nos carros, para o transporte de
crianças no banco traseiro, foi regulamentado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Nesta quinta-feira (16), o órgão
publicou no Diário Oficial da União os requisitos mínimos de segurança para o
uso do dispositivo. A norma vai servir de parâmetro para a fabricação de novas
cadeirinhas e deverá entrar em vigor até 2015.
Segundo o diretor de Avaliação
de Conformidade do Inmetro, Alfredo Lobo, a regulamentação para o uso do Isofix
preenche uma lacuna no programa de certificação das cadeirinhas que, hoje, são
presas no banco traseiro dos carros por meio do cinto de segurança. O sistema
Isofix, no entanto, que consiste em travas nas cadeirinhas acopladas a ganchos,
é considerado mais seguro.
“A vantagem é que, com o Isofix,
é muito mais fácil e segura a fixação do que por meio do cinto de segurança.
Essa é a grande diferença que levou a Europa e os Estados Unidos e, agora, o
Brasil a adotar esse mecanismo”, explicou o diretor. Alfredo Lobo disse que,
muitas vezes, no caso de cadeirinhas presas com o cinto, os pais prendem de
forma errada, com risco para as crianças.
A partir da publicação do
Inmetro, a expectativa é que empresas redesenhem modelos de cadeirinhas com o
gancho e que aumente o número de
veículos com o Isofix. A barra de ferro com os ganchos no banco traseiro
deve vir de fábrica e só está disponível em 5% dos veículos.“Certamente uma
exigência legal será necessária, porque muda a concepção dos veículos”, disse o
diretor
A inclusão do dispositivo como
item obrigatório está em discussão no Senado, por meio de projeto de lei, e
aguarda votação pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). Aprovado,
poderá ser exigido das montadoras. Para se antecipar, a Associação Nacional de
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) discute a instalação do sistema.
Porém, ainda não estimou o impacto da obrigatoriedade da oferta do dispositivo
como item de fábrica.
Dados da Polícia Rodoviária
Federal mostram que o número de mortes de crianças menores de dez anos no
trânsito caiu 23% no Brasil em 2012, como reflexo da Lei da Cadeirinha. A
legislação passou a exigir o uso de equipamento de segurança certificado pelo
Inmetro para o transporte de crianças até sete anos, sempre nas cadeirinhas e
no banco de trás.
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