Por: Renata Giraldi. Fonte: Agência Brasil. Fotos: democraciapolitica.blogspot
/ dilmanarede
Salvador, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL) – Relatório
divulgado hoje (27) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) indica que a economia brasileira fechará o ano com um
crescimento de, no máximo, 1,5%. É o menor percentual entre os países que
compõem o bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A maior
previsão de crescimento é a da China, 7,5%. Depois vêm a Índia (4,4%), a Rússia
(3,4%) e a África do Sul (2,6%).
Pelas projeções para o próximo ano e 2104, a China e a Índia continuarão
na liderança, registrando crescimento superior a 6,5%. O Brasil, segundo as
estimativas, deverá crescer 4% no ano que vem e 4,1% em 2014. As economias da
Rússia e da África do Sul terão expansão de 3% a 4%. Detalhes sobre o estudo
podem ser obtidos na página da OCDE.
No capítulo sobre o Brasil, a organização informa que a economia
registra melhorias, mas abaixo da tendência geral de crescimento. Segundo o
relatório, há indicadores de confiança e projeções de queda no desemprego. O
estudo diz ainda que a inflação diminuiu e se estabilizou. Mas alerta sobre a
necessidade de mais investimentos nas exportações.
Em relação à economia global, o relatório diz que a projeção é “uma
recuperação hesitante e desigual”, nos próximos dois anos. A OCDE recomenda que
as autoridades assumam uma “política decisiva” para combater os efeitos da
crise econômica internacional e evitar riscos de recessão.
"A economia mundial está longe de estar fora de perigo", disse
o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría. “Os governos devem agir
decisivamente, usando todas as ferramentas à disposição para retomar a
confiança e impulsionar o crescimento e a geração de emprego, nos Estados
Unidos, na Europa e em outros lugares ", acrescentou ele.
O documento alerta sobre a fragilidade da economia norte-americana,
enfraquecida pela recessão e sob efeito da crise global. Também informa que a
geração de emprego no mundo está em baixa, registrando cerca de 50 milhões de
pessoas desempregadas nos países pesquisados pela OCDE.
A orientação da entidade é para que as autoridades estimulem a abertura
de vagas de trabalho. Para os pesquisadores, a tendência é que a crise na zona
do euro (17 países que adotam a moeda única) deve permanecer, apesar das
medidas de austeridade adotadas por vários governos da região.
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