Teixeira de Freitas, BA (da
redação itinerante do Blog MUSIBOL) – O governo vai investir R$ 1,8 bilhão na
construção e ampliação de barragens, adutoras, sistemas de abastecimento e em
outras obras para aumentar a oferta de água no Nordeste e no norte de Minas
Gerais, regiões sujeitas a estiagem frequente. O anúncio foi feito hoje (9)
pela presidenta Dilma Rousseff durante
encontro com governadores na 16ª reunião ordinária do Conselho Deliberativo da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Salvador.
Os recursos irão financiar 77
projetos em municípios do Semiárido que tiveram decreto de situação de
emergência por causa da seca reconhecido pela Secretaria Nacional de Defesa
Civil. As obras serão indicadas pelos governos estaduais e terão prazo de um
ano e meio para conclusão da primeira etapa.
A maior parte do dinheiro, cerca
de R$ 1 bilhão, será repassada pelo Ministério da Integração Nacional para 33
obras. Do orçamento do Ministério das Cidades sairão R$ 656,2 milhões, a serem
investidos em 22 projetos. Mais 22 empreendimentos serão financiados com R$ 108
milhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O estado que vai receber mais
investimentos na primeira fase é a Bahia, com R$ 454,9 milhões de repasses para
sete projetos. Em seguida está o Piauí, que vai receber R$ 307,5 milhões para
quatro obras. Pernambuco aparece na sequencia e deve receber R$ 242 milhões
para investimentos em 14 projetos.
Mais cedo, ao inaugurar a Adutora
do Algodão, na região de Guanambi, também na Bahia, a presidenta disse que a
meta do governo é garantir o abastecimento de água das regiões que sofrem com a
seca. Dilma ressaltou que é impossível controlar a chuva e a seca, mas é
possível assegurar instrumentos que melhorem a vida da população nos períodos
de estiagem.
“Chegou a hora de resolver o
problema da água de forma a garantir que as mulheres, os homens e as crianças
possam tomar café e tomar um banho”, disse a presidenta, em cerimônia em
Malhada, na Bahia, ao lado do governador do estado, Jaques Wagner, de
ministros, parlamentares e prefeitos de municípios da região. “É uma coisa
horrível não poder dar uma água limpa para um filho ou filha”, disse.
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