Salvador, BA (da redação do Blog
MUSIBOL) – O líder da etnia indígena Guarani-Kaiowá Eliseu Lopes Kaiowá pediu
que governo demarque logo as terras a que seu povo tem direito. Eliseu relatou
a situação de vida precária enfrentada pela etnia e as várias mortes de
lideranças que ainda não foram punidas pela justiça, confirmando as informações
divulgadas pela imprensa e pelas redes sociais.
Segundo Eliseu, a liminar que
impediu a expulsão da etnia da terra que ocupa no Mato Grosso do Sul não
resolve o problema, pois são 200 pessoas vivendo em um hectare de terra.
- Enquanto o governo está se
preparando, nós já vamos retomar o que é nosso. Nós não aguentamos mais viver
em baixo de uma lona preta, as crianças tomando água suja, sem ter condição de
vida digna com suas famílias. Guarani-Kaiowá vem morrendo de atropelamento na
beira da estrada, ataque de pistoleiro, todos os dias, muitos matando nossas
lideranças. Nós não aguentamos mais isso – disse o índio.
Eliseu disse que, enquanto o
governo se organiza para demarcar as terras, a comunidade está morrendo. O
líder indígena também reclamou da impunidade quanto a morte de muitas
lideranças e pediu pela segurança dos líderes que estão lutando e sendo
ameaçados de morte.
A audiência pública que discute o
suposto suicídio coletivo pretendido pelos índios da etnia Guarani-Kaiowá está
sendo realizada desde às 9h da manhã desta quinta-feira (1º) pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Mais informações a seguir
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