Por Mariana Jungmann. Fonte: da
Agência Brasil.
Em meio às bandeiras e a
militantes uniformizados da Força Sindical, UGT, Central dos Trabalhadores do
Brasil e Nova Central, pequenos grupos ligados a movimentos sociais
independentes compareceram à marcha. Astreia Mendes Abal, por exemplo,
participou da marcha com cerca de dez amigos para pedir por uma nação mais
fraterna. “Nós fazemos parte de um movimento chamado Nação Pacha Mama e viemos
semear o nosso sonho de liberdade. Nós lutamos contra o sistema e acreditamos
em uma nação mais fraterna, com um pouco mais de ternura. Viemos dar um basta,
precisamos olhar o outro com compaixão e não com competição”, disse.
A principal razão para a redução
no número de bandeiras e militantes ligados a movimentos sociais na abertura do
fórum pode estar na saída oficial da CUT e de algumas instituições, como a
Marcha Mundial das Mulheres e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do
evento. Eles alegam que a ingerência da prefeitura, principal patrocinadora, na
organização fere a carta de princípios e a independência do fórum. Além disso,
os movimentos estão insatisfeitos com a nova temática, mais voltada para as
questões ambientais do que para as sociais, políticas e econômicas que sempre
permearam os debates.
Foto: portalbraganca / puxar
descarga / alexpontesrn.blogspot.com.br
Serrinha, BA (da redação Itinerante
do Blog MUSIBOL)
Cerca de 800 pessoas compareceram ontem (26) à marcha de abertura do Fórum Social Temático (FST), em Porto Alegre
(RS), conforme estimativa da Brigada Militar do estado. A maior parte dos
participantes este ano, no entanto, foi formada por sindicalistas ligados a
quatro centrais, e não pelos movimentos sociais, como ocorreu em anos
anteriores.
“Parece mais um movimento
sindical que um movimento social”, admitiu o diretor de Direitos Humanos da
União Geral dos Trabalhadores (UGT), Mário Silva. Ele reconheceu que a
participação dos militantes que tradicionalmente compunham o Fórum Social
Mundial e os temáticos foi reduzida, mas reafirmou a crença de que o fórum
deste ano irá ocorrer com sucesso. “Com certeza diminuiu a participação de
alguns movimentos mais ligados à CUT [Central Única dos Trabalhadores]. Mas nós
estamos aqui, o fórum está acontecendo”, completou Silva.
Apesar de o discurso de Astreia
parecer destoante do tom político e social de encontros anteriores, ela faz
parte dos novos grupos que formam o fórum. Para o presidente da Força Sindical
no Rio Grande do Sul, Lélio Falcão, o evento não está esvaziado em relação aos
movimentos sociais. “Como as centrais sindicais são muito organizadas, talvez a
presença desses movimentos sociais não apareça tanto. Mas eu vi várias ONGs
[organizações não governamentais] misturadas em meio aos sindicalistas. Acho
que teve adesão sim”, avaliou Lélio. Apesar de a Força ser a principal
organizadora do evento este ano, os dirigentes da central não fizeram
estimativa de público na marcha.
As atividades do fórum começam neste domingo (27), com painéis e mesas de debates sobre diversos assuntos. O tema do
evento este ano é Democracia, Cidades e Desenvolvimento Sustentável. Após a
marcha, os participantes vão assistir a vários shows no Anfiteatro Por do Sol.
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