Por: Carolina Sarres. Fonte: Agência Brasil. Fotos: topgyn / raimundorui.blogspot
Serrinha, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
A construção civil aumentou em
8,07% o número de trabalhadores na atividade
Depois de dois anos consecutivos
em queda, o desemprego no mundo aumentou em 2012. No ano passado, cerca de
197,3 milhões de pessoas estavam sem trabalho, quase 5 milhões a mais do que em
2011, segundo o relatório Tendências Mundiais de Emprego 2013, da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que será divulgado amanhã (22). A expectativa
da OIT para este ano é a de que o desemprego cresça ainda mais, chegando a
atingir 202 milhões de pessoas até o final de 2013, 204,9 milhões até 2014 e 210
milhões até 2018. Segundo a OIT, a recuperação da economia mundial não será
forte o suficiente para reduzir as taxas de desemprego rapidamente.
O pico de desemprego na última
década foi em 2009, ano da crise financeira internacional, com mais de 198
milhões de desempregados. Em 2010 e 2011, houve recuperação, com a queda do
número de pessoas sem emprego – 194,6 milhões, em 2010; e 193,1 milhões, em
2011.
“A incerteza em torno das
perspectivas econômicas e as políticas inadequadas que foram implementadas para
lidar com isso debilitaram a demanda agregada, freando os investimentos e as
contratações. Isso prolongou a crise do mercado laboral em vários países,
reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego” explicou,
em nota, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
Em contraponto, as três regiões
com os índices mais baixos de desemprego estão na Ásia: no Sul da Ásia (3,8%),
na Ásia Oriental (4,4%) e no Sudeste Asiático (4,5%). A região da América
Latina e do Caribe, grupo em que está o Brasil, ficou com taxa de 6,6%.
De acordo com a professora de
Administração da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em mercado de
trabalho, Débora Barém, os países saíram da situação imediata de crise, mas
ainda não retomaram suas atividades aos patamares anteriores a 2009. Segundo
ela, há áreas com expansão na demanda de trabalhadores, mas são setores que
tinham carência de profissionais qualificados anteriormente à crise – como é o
caso da Ásia, que, no momento, está reorganizando sua estrutura produtiva.
“Comparativamente a outros anos,
há desaquecimento. Não se está mais em crise, mas não se precisa mais da mesma
quantidade de mão de obra que se precisava antes, pois se está produzindo
menos. Estamos em um momento de rearrumação”, disse a especialista.
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