Por: Alex Rodrigues. Fonte: Agência
Brasil.
Fotos: ebc.com.br
Serrinha, BA (da redação Itinerante
do Blog MUSIBOL)
O ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, disse na quarta-feira (23) que nenhuma edição anterior da Copa do Mundo de futebol
foi tão fiscalizada pelo Poder Público quanto a que vai acontecer no Brasil, em
2014. “Posso dizer que temos a Copa do Mundo com o maior controle público já
realizada em todo o mundo”, declarou, em bate-papo no portal da Empresa Brasil
de Comunicação (EBC).
Rebelo participou do bate-papo
com internautas ao lado do técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, em
programação transmitida ao vivo nesta manhã. O vídeo pode ser assistido no
site.
“Só no Estádio do Maracanã, há 13
órgãos de controle acompanhando as obras. Temos o Portal da Transparência. O
Tribunal de Contas da União [TCU] tem um ministro exclusivamente para
acompanhar [os preparativos] para a Copa”, comentou Aldo Rebelo. Ele garantiu
que o Ministério do Esporte e o governo federal têm o compromisso de evitar
desperdícios e de prestar contas de todo o gasto em obras que recebem dinheiro
público.
“Em alguns eventos esportivos, os
custos são ampliados porque a previsão inicial é uma projeção feita no momento
em que a proposta é apresentada. Só que, no país, tudo é reajustado. E muitas
vezes o tempo [para a conclusão da obra] também encarece [o custo final]”,
disse o ministro.
Rebelo também garantiu que não só
as cidades-sede da Copa do Mundo vão se beneficiar da realização do evento.
Citando um estudo de uma empresa de consultoria, ele assegurou que, junto com
os Jogos Olímpicos de 2016, o campeonato mundial de futebol vai motivar a
criação de 3,6 milhões de empregos.
“Temos um programa de
nacionalização dos benefícios da Copa do Mundo. A Fifa e o Comitê Organizador
Local já selecionaram mais de 50 centros de treinamento, que são as cidades
onde as seleções vão fazer a aclimatação. Essas cidades terão que ter uma
infraestrutura hoteleira básica, um equipamento esportivo apto a servir para as
seleções treinarem”, disse Rebelo, lembrando que os grandes eventos esportivos
vão exigir investimentos que resultarão em benefícios para toda a população.
“A preocupação com as
telecomunicações, por exemplo, é algo importante. Estamos nos esforçando para
termos banda larga e tecnologia 4G de acesso à internet e para telefonia
celular, não só nas cidades sede dos eventos, mas em todo o país. Há
investimentos das empresas, do governo federal e esforços para evitar que,
havendo algum problema, as transmissões sejam prejudicadas”, acrescentou o
ministro.
Questionado sobre a elevada
procura por ingressos para a Copa do Mundo, Rebelo esclareceu que o governo
federal não tem qualquer ingerência sobre as vendas, que estão aos cuidados da
Fifa. E acrescentou que tudo o que fez foi sugerir à entidade que garantisse
que a diversidade da população brasileira estivesse representada durante as
partidas. “Disse à Fifa que é necessário que nossa população como um todo
esteja representada na Copa e nos estádios”, explicou.
Rebelo deu como exemplo a
participação a população indígena no Amazonas. “Não seria oportuno olharmos
para o estádio de Manaus e não vermos essas comunidades representadas. Ou a
população beneficiária do Bolsa Família, que gosta muito de futebol e, talvez,
não tivesse condições de comprar nem mesmo os ingressos mais baratos”,
comentou.
Rebelo, explicando que a entidade
disponibilizou 50 mil ingressos que o ministério estuda como distribuir entre
as pessoas de menor poder aquisitivo.
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