Por: Iolando Lourenço e Ivan
Richard. Fonte: Agência Brasil.
Fotos: cenariomt.com.br / Agencia Brasil
Salvador, BA (da redação do Blog
MUSIBOL)
A nova gestão da Câmara dos
Deputados, sob o comando do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deverá
ser marcada pela análise e votação de projetos considerados polêmicos, como as
novas regras de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e as
questões relacionadas aos vetos aos royalties do petróleo. Em seu primeiro
discurso como presidente, Alves também defendeu a autonomia da Casa perante os
outros poderes.
“Com todo o respeito à minha
querida presidenta Dilma, presidenta eleita pelo voto popular; ao seu conjunto
de governo, com ministros respeitados e nomeados; e ao Poder Judiciário,
repito, ilustre no saber jurídico e em interpretar a Constituição; mas o Poder
que representa o povo brasileiro na sua mais sincera legitimidade, quer queiram
ou não queiram, é esta Casa. É o Poder Legislativo, é o Parlamento do Brasil.”
De acordo com Alves, “não
faltará” respeito na relação com os demais Poderes. “Aos Poderes Judiciário e
Executivo, não faltará o nosso respeito, mas tanto um quanto outro não se
esqueçam que aqui nesta Casa só tem Parlamentar abençoado pelo voto popular
deste imenso Brasil, de nossa pátria”, discursou.
Alves disse que a Casa não vai
fugir do debate. “Fazer uma pauta propositiva não é apenas para discutir. Este
Parlamento não foi feito para ganhar tempo, não foi feito para empurrar com a
barriga nem para enrolar. Este Parlamento foi feito para discutir e votar,
debater e decidir”, discursou o potiguar, que está no seu 11º mandato e é
deputado federal há 42 anos.
Segundo Alves, a votação do
Código Florestal pelo plenário da Casa foi “a noite dos meus sonhos”, apesar de
ter significado também a primeira derrota do governo Dilma Rousseff no
Congresso. “Com todo respeito a quem ganhou ou quem perdeu, aquela noite [de
votação do Código Florestal] é a noite dos meus sonhos para esta Casa: a
controvérsia, o debate, as pessoas legítimas, o embate, o voto, a discussão, a
votação, o Brasil real. É isso que a gente quer para este Parlamento: vida”,
frisou.
Em seu discurso, já no comando da
Casa, Henrique Alves lembrou a trajetória de sua família, perseguida pela
ditadura, e os momentos vividos ao lado do ex-presidente da Câmara, Ulysses Guimarães.
Ele prometeu trabalhar para melhorar a imagem do Legislativo.
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