Por: Wellton Máximo. Fonte: Agência
Brasil
Foto: edgarlisboa.com.br
Serrinha, BA (da redação itinerante
do Blog MUSIBOL)
Pela primeira vez em quase dois
anos, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia. Por 6 votos a 2,
o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto
percentual, para 7,5% ao ano.
O último reajuste da taxa Selic
havia ocorrido em julho de 2011, quando o Copom elevou os juros básicos de
12,25% para 12,5% ao ano. No mês seguinte, a Selic começou a ser reduzida
sucessivamente até atingir 7,25% em outubro de 2012, o menor nível da história.
Nas três reuniões seguintes, em novembro de 2012, janeiro e março deste ano, o
Copom optou por não alterar a taxa.
A taxa Selic é o principal
instrumento do Banco Central para manter a inflação oficial pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro da meta estabelecida pela
equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de
inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de tolerância de dois
pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e 6,5% (teto da
meta).
Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), desde julho do ano passado, o IPCA acumulado em
12 meses vem subindo. Em março, o índice acumulado chegou a 6,59% e ultrapassou
o teto da meta de inflação do governo, que é 6,5%.
Por outro lado, o aumento da taxa
Selic prejudica o reaquecimento da economia, que cresceu apenas 0,9% no ano
passado e ainda está sob o efeito de estímulos do governo, como desonerações e
crédito barato. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção
de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, em 0,5 ponto percentual, para 3% neste ano.
Usada nas negociações de títulos
públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a taxa Selic
serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao
reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se reflete no
aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a
produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
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