Por: Camila Maciel. Fonte e fotos:
Agência Brasil
Foto: alvinhopatriota.com.b / quantanoticia.com.br
Serrinha, BA (da redação itinerante
do Blog MUSIBOL)
O Ministério Público (MP) e a
Polícia Federal (PF) fazem hoje (9) uma operação em 12 estados brasileiros para
combater esquemas de corrupção em licitações públicas. A ação, coordenada pelo
Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (Gnococ), pretende cumprir
86 mandados de prisão, 311 de busca e apreensão, 65 de bloqueio de bens e 20 de
afastamento das funções públicas. Participam da operação 144 promotores de
Justiça e 1,2 mil policiais federais, rodoviários, civis, militares, além de
servidores de tribunais de Contas, da Controladoria-Geral da União (CGU) e das
receitas Federal e estaduais.
Os mandados estão sendo cumpridos
na Bahia, no Ceará, Espírito Santo, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Pernambuco, no Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, em Rondônia
e São Paulo.
As pessoas suspeitas de
participar do esquema são acusadas de desvios de recursos em órgãos municipais
e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços,
utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e
enriquecimento ilícito de agentes públicos. Entre os acusados estão
empresários. No total, as verbas públicas sob investigação ultrapassam R$ 1,1
bilhão.
Em São Paulo, a operação está
concentrada em São José do Rio Preto. No município do noroeste do estado, uma
investigação do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou que
empreiteiras do ramo de pavimentação asfáltica manipulavam licitações públicas
em municípios do interior. A suspeita é que elas simularam uma competição entre
si com o objetivo de superfaturar as obras. De acordo com o Ministério Público
do Estado de São Paulo, pelos menos 80 prefeituras fizeram contratos com esse
grupo, que superaram R$ 1 bilhão.
Também há suspeita de que
servidores e agentes públicos facilitaram a atuação da organização criminosa
para desviar recursos municipais, estaduais e federais. O MP constatou o
pagamento de propina a servidores municipais no valor de R$ 70 mil. Os investigados
responderão pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas publicas,
corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
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