Por: Wellton Máximo. Fonte: Agência
Brasil
Fotos: ebc.com.br / agenciat1.com.br
Serrinha, BA (da redação itinerante
do Blog MUSIBOL)
As passagens de ônibus, trens
urbanos e metrô poderão sofrer redução de tributos e, com isso, ficarão mais
baratas, disse ontem (22) o secretário executivo do Ministério da Fazenda,
Nelson Barbosa.
Segundo ele, o governo estuda a
diminuição do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cobradas nas tarifas, mas ainda não
há definição sobre a medida.
De acordo com Barbosa, a
desoneração faz parte do pacote de medidas destinadas a baratear os bens e
serviços de uso popular. “Parte da nossa agenda tributária é justamente reduzir
a tributação sobre itens de uso popular, como fizemos com a cesta básica. A
redução da tarifa do transporte urbano está na nossa discussão, mas não há uma
decisão formada sobre isso”, disse.
A desoneração, no entanto,
atingiria apenas o preço das passagens e não se aplicaria ao combustível dos
ônibus urbanos e à energia elétrica consumida por trens e metrôs. “Nesse ponto,
não é possível fazer uma alteração nesse momento, até por questões fiscais. Por
enquanto, estamos discutindo apenas se é possível diminuir PIS e Cofins na
passagem”, disse. A principal dificuldade seria encontrar técnicas precisas
para medir o combustível e a energia efetivamente consumidos pelas empresas.
Barbosa deu as declarações antes
de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) para discutir
projeto de lei que trata sobre o tema. Aprovado na Câmara, o projeto pode
seguir para sanção presidencial se for aprovado pela comissão e não houver
requerimento para levar a matéria ao plenário do Senado.
Segundo o presidente da CAE e
relator da matéria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), as prefeituras e os
governos estaduais também precisam fazer desonerações para que os preços das
passagens tenham redução significativa. “O governo pode desonerar PIS e Cofins,
mas os estados precisam desonerar ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços]; e os municípios, o ISS [Imposto sobre Serviços]. Se apenas o
governo federal desonera o PIS e o Cofins, as tarifas caem 3%. Sem o ICMS e o
ISS, a queda poderia ultrapassar 15%”, disse.
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