Por: Kelly Oliveira. Fonte: Agência Brasil
Fotos: correiodoestado.com.br / espacodasophia.com.br
Serrinha, BA (da redação itinerante
do Blog MUSIBOL)
A taxa básica de juros, a Selic,
deve ser mantida em 7,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Essa é a expectativa de instituições
financeiras consultadas pelo BC, semanalmente. A reunião do Copom está marcada
para amanhã (16) e quarta-feira.
A projeção de que a Selic será
mantida no atual patamar, neste mês, é a mesma há 25 semanas. Entretanto, de acordo
com a mediana das expectativas das instituições financeiras, em maio, a Selic
deve subir para 7,75% ao ano, contra a estimativa anterior de 7,5%. Ao final de
2013, a taxa básica deve chegar a 8,5% ao ano, a mesma expectativa para o fim
de 2014.
A Selic é o principal instrumento
usado pelo BC para controlar a inflação, que está em alta no país. No último
dia 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado no sistema de metas
de inflação, chegou a 6,59%, em 12 meses encerrados em março. O índice ficou
acima do teto da meta de inflação para o ano que é 6,5%. O centro da meta é
4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC
fazer com que a inflação termine, este ano, dentro da meta de inflação.
De acordo com as projeções do
mercado financeiro, o IPCA deve fechar este ano acima do centro da meta, mas
abaixo do limite superior. A estimativa é que o índice fique em 5,68%, contra
5,7% previstos na pesquisa da semana passada. Para 2014, permanece a estimativa
de 5,7%.
Segundo avaliação de
especialistas consultados pela Agência Brasil, a inflação não deve fugir do
controle, mas arrefecer nos próximos meses, apesar de ficar acima do centro da
meta.
O Copom eleva os juros para
estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda. Quando a procura
por bens e serviços aumenta, há dificuldade da indústria, do comércio e do
setor de serviços de suprir os consumidores na mesma proporção do aumento da
demanda. Com isso, a tendência é que os preços aumentem.
O comitê não muda os juros
básicos quando acredita que o patamar da taxa é suficiente para gerar
equilíbrio entre o que se produz, o que se compra e os preços. Ou ainda reduzir
a taxa Selic se o objetivo for aquecer o mercado consumidor e estimular a
atividade econômica.
O presidente do BC, Alexandre
Tombini, tem reiterado que a instituição não é tolerante com a inflação e que
está atentamente monitorando os indicadores para tomar decisão.
Na ata da última reunião do
Copom, em março, o colegiado informou que a dinâmica desfavorável da inflação
pode não ser um fenômeno temporário, mas uma eventual acomodação da inflação em
patamar mais elevado. O comitê ponderou, entretanto, que incertezas
remanescentes – de origem externa e interna – cercam o cenário prospectivo e
recomendam cautela na definição da Selic.
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