Fonte e fotos: Fonte:
Ibahia.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
Especialista fala
sobre o idoso no mercado de trabalho
Na coluna da semana passada, começamos a abordar o tema do mercado de
trabalho para a melhor idade.
Na primeira coluna da série, procuramos mostrar como a experiência e o
conhecimento adquiridos pelos profissionais podem se converter em oportunidades
de negócios ou de atuação autônoma, notadamente no segmento educacional.
Todavia, pesquisas recentes mostram que esta não é a única opção
disponível e que, são cada vez mais comuns os exemplos de pessoas que continuam
em seus empregos de origem, mesmo após a aposentadoria, ou que são reinseridos
em ocupações específicas, que demandam perfis muito próximos aos apresentados
por este público. De acordo com o Ministério do Trabalho, dados de 2011 mostram
que cerca de sete milhões de aposentados voltaram ao mercado de trabalho ou
deram continuidade ao exercício de sua profissão. Mas, o que explica esse
fenômeno? Porque as pessoas não se contentam mais com a almejada aposentadoria?
Continuar na ativa pode apresentar algumas vantagens interessantes para o
idoso contemporâneo. De cara, podemos destacar que a renda auferida se
constitui em uma complementação da aposentadoria, cujo valor real tem diminuído
ao longo dos anos. Ocorre que, com a aprovação do Projeto de Lei 2886/2008,
também será possível rever as contribuições feitas após a aposentadoria, o que
não era permitido até então.
Além do salário, benefícios como planos de saúde e odontológicos,
oferecidos pelas empresas, podem até ser mais representativos, tendo em vista o
valor cobrado pelas operadoras para clientes desta faixa etária. Um outro
argumento comum se refere às vantagens psicológicas, uma vez que as pessoas
continuam se sentindo úteis e socialmente inseridas, sem falar no estímulo
intelectual constante que acompanha o exercício de uma atividade profissional.
Os setores de telemarketing,
produção, transporte, vendas e supermercados são os que mais empregam
pessoas com mais de 60 anos, principalmente este último. Dentre as vantagens
apresentadas por este profissional apontadas pelas empresas estão a maior
disponibilidade de tempo, menor predisposição para mudar de emprego, paciência
para lidar com o público e, claro, muita dedicação.
Esse fenômeno do mercado de trabalho, que só está começando, está sendo
chamado de semi-aposentadoria. É uma importante tendência a ser acompanhada e
uma oportunidade para as empresas que ainda não identificaram nos profissionais
mais experientes uma solução para os problemas de alta rotatividade e falta de
comprometimento de sua força de trabalho.
Profa. Dra. Carolina Spinola
E-mail: valorh@valorrh.com.br
Consultora da Área de Negócios da ValoRH. Administradora, com mestrado em
Administração e Doutorado em Geografia, com ênfase em Desenvolvimento Regional.
Professora Universitária e Coordenadora de Curso de Pós-Graduação.
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