Por: Carolina Sarres. Fonte: Agência
Brasil
Fotos: imguol.com / info.abril.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
Os ativistas da organização não
governamental (ONG) Greenpeace que passaram cerca de dois meses detidos na
Rússia receberam hoje (18) a anistia. O caso foi avaliado nesta quarta-feira
pelo Parlamento do país. Entre os anistiados está a brasileira Ana Paula
Maciel, de 31 anos, que foi libertada em novembro, poucos dias antes de expirar
o prazo de prisão preventiva decretada pela Justiça russa, válida até 23 de
novembro.
A anistia beneficia tanto a
brasileira quanto os outros 30 ativistas envolvidos no protesto no Ártico, em
setembro. Com essa medida, a investigação dos envolvidos no caso deverá ser
encerrada. O grupo, no entanto, não poderá deixar o país até que o governo
russo conceda visto de saída.
“Estou aliviada, mas não celebrando.
Fui acusada e permaneci dois meses presa por um crime que não cometi, o que é
um absurdo. Mas, finalmente, parece que essa saga está chegando ao fim e em
breve estaremos com nossas famílias", disse Ana Paula Maciel.
O Artic Sunrise, navio do
Greenpeace, foi retido no dia 19 de setembro por comandos da guarda costeira
russa, depois de os ativistas da organização terem tentado escalar uma
plataforma da empresa de gás Gazprom, no Mar de Barents (Ártico Russo). Os
ativistas protestavam contra a exploração petrolífera na região.
No início de outubro, os 30 membros
da tripulação, de 28 nacionalidades, foram acusados formalmente de “pirataria
em grupo organizado” e tiveram prisão preventiva decretada. No dia 30 de
outubro, a Justiça russa decidiu reduzir a acusação contra a tripulação,
passando de “pirataria” para “vandalismo”. No fim de novembro, com o fim do
prazo da prisão preventiva, os ativistas foram libertados pela Justiça sob
pagamento de fiança.
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