Por: Luciano Nascimento. Fonte: Agência
Brasil
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Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
Em sessão extraordinária, que entrou
pela madrugada desta quarta-feira (18), o Congresso Nacional aprovou a Lei
Orçamentária Anual (LOA) de 2014. A
proposta segue agora para sanção presidencial.
O esforço para aprovar a proposta de
Orçamento começou na manhã dessa terça-feira (17) com a discussão, na Comissão
Mista de Orçamento (CMO), do relatório final da LOA, que foi suspensa por falta
de acordo. Os parlamentares retomaram a discussão no começo da noite,
concluindo a votação pouco antes da meia-noite.
Enquanto ocorria a reunião da CMO, o
plenário do Congresso também aprovou o Projeto de Lei (PLN) 13/13, que altera o
Plano Plurianual (PPA - Lei 12.593/12) 2012-2015, em diversos itens. De acordo
com o Regimento Interno, antes de votar o Orçamento, o PPA teria que ser
aprovado. Com as duas aprovações, os parlamentares iniciaram a sessão de
votação da LOA.
O relator, deputado Miguel Corrêa
(PT-MG), agradeceu o esforço dos parlamentares para aprovar o Orçamento, mas
lamentou o que chamou de "receita enxuta". "Tivemos uma demanda
relativa ao tamanho do nosso país, mas com uma receita enxuta, que significa
que a distribuição desses valores tivesse um peso muito grande dentro das
bancadas", disse.
O valor total do Orçamento da União
para 2014 é R$ 2,48 trilhões. Do total previsto para o próximo ano, R$ 654,7
bilhões serão destinados para o refinanciamento da dívida pública.
O salário mínimo previsto para
entrar em vigor a partir de 1º de janeiro do ano que vem é R$ 724, aumento de
6,6% em relação ao mínimo atual.
O montante reservado para as áreas
fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais, soma R$
1,8 trilhão, sendo R$ 105,6 bilhões para investimento das empresas estatais
federais e R$ 1,7 trilhão para orçamentos fiscal e da seguridade social, dos
quais R$ 100,3 bilhões foram destinados para a Saúde (destes R$ 5,16 bilhões em
emendas parlamentares individuais e coletivas).
Para a Educação a previsão de
recursos é R$ 82,3 bilhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
receberá R$ 61,7 bilhões.
O relatório elevou o investimento
público em R$ 900 milhões para o próximo ano e manteve despesas com pessoal. De
acordo com a proposta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ficou
estipulado em 3,8% e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao
Consumidor Amplo (IPCA), de 5,8%.
Apesar de diminuir em relação ao ano
passado, quando ficou em 34,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a dívida líquida
ainda permanece em um patamar alto, estimada em 33,9% do PIB, em 2014.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ)
criticou o montante reservado para o pagamento da dívida pública e defendeu uma
auditoria das contas. "É preciso rever a concepção central da peça
orçamentária que parece que é um dogma e que significa diminuição do investimento
social. Por isso que o PSOL vota contra esta concepção de Orçamento, acordada
coma ampla maioria [dos parlamentares], mas que não ajuda em uma perspectiva de
país", disse.
Os parlamentares aprovaram ainda a
inclusão de R$ 100 milhões para o Fundo Partidário, aumentando para R$ 364,3
milhões o valor previsto para 2014. De acordo com a legislação, a maior parte
do recurso (95%) do fundo é distribuída de acordo com a proporção de cada
partido na Câmara e 5% de forma igual a todos os partidos com registro no
Tribunal Superior Eleitoral.
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