Fonte e foto: IBahia
Serrinha, BA (da redação do Blog
MUSIBOL)
Todo início de ano no futebol
baiano é do mesmo jeito: torcedores ávidos por boas contratações e clubes
buscando dar satisfações aos seus aficcionados com reforços, muitas vezes, de
qualidade técnica questionável. Porém, a realidade dos dois principais clubes
do estado será a mesma todo ano, enquanto o mercado promover tamanha
disparidade financeira.
O Bahia manteve toda sua
estrutura da equipe que terminou a última temporada. Sem pestanejar, Jorginho
poderá colocar em campo Marcelo Lomba; Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro;
Fahel, Diones, Hélder e Zé Roberto; Gabriel e Souza. Com isto, a diretoria, em
tese, reforçaria o elenco com jogadores da base e contratações pontuais – na
conta de Angioni, no máximo, seis atletas novos.
No Vitória, o planejamento para
2013 acabou sendo prejudicado com a desmontagem da sua base principal.
Jogadores como Victor Ramos, Gilson, Pedro Ken e William não renovaram seus
contratos e desfiguraram a ‘espinha dorsal’ do Rubro-negro - o goleiro Deola, o
lateral Nino, o zagueiro Gabriel e o volante Michel permanecerão. Mesmo com a
vantagem de contar com bons jogadores da vencedora equipe sub-20, o Vitória
teve que partir para o mercado com mais intensidade.
E o mercado não está fácil para a
dupla BaVi. Se transformássemos o mercado numa espécie de Campeonato
Brasileiro, Tricolores e Rubro-negros estariam na segunda divisão – aquela
‘fatia do bolo’ que briga por jogadores renegados nos grandes centros do país,
em fim de carreira ou ‘encostados’ em times ‘B’ de clubes tradicionais.
Anúncios de jogadores como Brinner e William Henrique irritam o torcedor, mas
refletem a realidade do nosso mercado há anos.
A solução está longe de ser
encontrada. Não adianta investir num jogador com salário astronômico se o grupo
não for de qualidade. E, infelizmente, nenhum jogador em grande fase técnica
quer vir jogar na Bahia. Resta aos clubes investirem no ‘olho clínico’, na
capacidade de encontrar talentos bons e baratos em mercados menos badalados, ou
de fortalecer suas divisões de base para serem complementos ainda mais
qualificados.
Enquanto isso não for uma
realidade no futebol da Bahia, os torcedores irão continuar reclamando, os
dirigentes irão continuar aumentando suas margens de erro e o abismo técnico
tende a ser cada vez maior.
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