Por: Paula Laboissière. Fonte: Agência
Brasil. Fotos: sbt.com.br / vozdabahia.com.br
“A ideia de vacinar nas escolas é
buscar novas didáticas de vacinação. No caso do H1N1, a gente colocou a vacina
em todos os postos, mas a vacinação foi baixa. Agora, a ideia é não correr o
risco de ter um número baixo de vacinação. Crianças de 11 a 13 anos não estão
mais em creches. Quando se trata de bebês, a mãe está de licença-maternidade e
tem disponibilidade para levar. Imagina levar uma menina de 13 anos para
vacinar. A gente avalia que isso seria meio inviável.”
Serrinha, BA (da redação do Blog
MUSIBOL)
Meninas de 11 a 13 anos que
estudam em escolas públicas e privadas do Distrito Federal vão receber em 2013
a vacina contra o papilomavírus humano (HPV). A imunização deve começar em
março e será feita no próprio colégio, desde que a criança ou adolescente tenha
autorização dos pais para receber a dose, aplicada em três etapas – uma a cada
mês. A informação é da subsecretária de Vigilância à Saúde do Distrito Federal,
Marília Coelho.
Em setembro, o Senado Federal
aprovou um projeto de lei que prevê que meninas de 9 a 13 anos tenham o direito
de receber gratuitamente na rede pública de saúde a vacina contra o HPV. O
texto, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), ainda precisa ser
analisado pela Câmara dos Deputados.
Em entrevista à Agência Brasil,
Marília explicou que a Secretaria de Saúde do DF, em parceria com a Secretaria
de Educação, decidiu imunizar, em um primeiro momento, apenas meninas de 11 a
13 anos em razão do preço elevado da vacina. Ela garantiu que, nos próximos
anos, toda a faixa etária prevista no projeto aprovado pelo Senado vai receber
a dose.
A subsecretária ressaltou que a
dose contra o HPV é nova no calendário de vacinação da rede pública, mas tem a
eficácia garantida. Reações adversas como febre, segundo ela, podem ser
registradas como em qualquer outro processo de imunização. Para Marília, o
alerta maior é que a vacina protege apenas contra o HPV e não contra as demais
doenças sexualmente transmissíveis (DST).
“Vamos ter que trabalhar muito a
ideia de que você não está protegida contra qualquer doença sexualmente
transmissível. Existem outros fatores que levam ao câncer de colo do útero,
como a sífilis e a endometriose. Uma das preocupações é que as pessoas não
deixem de se cuidar.”
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