Por: Paula Laboissière. Fonte: Agência Brasil. Fotos: bp.blogspot.com e Agência Brasil.
Segundo o coordenador, municípios
que enfrentam problemas com abastecimento de água devem focar em estratégias
como tampar caixas d'água e desobstruir calhas. Cidades com criadouros em
depósitos domiciliares devem focar nas vistorias das casas, na colocação de
areia nos vasos de planta e na eliminação de recipientes que podem acumular
água, como garrafas plásticas e pneus. Já os gestores que registram problemas
com lixo precisam melhorar os serviços de limpeza urbana e conscientizar a população
em relação ao descarte de resíduos em terrenos baldios, por exemplo.
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL)
Foto: bp.blogspot.com
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Características climáticas
típicas do verão, que começou esta semana, são sinal de alerta para a
transmissão da dengue no país. Para o coordenador do Programa Nacional de
Controle da Dengue, Giovanini Coelho, o período de chuvas intensas e de maior
umidade exige reforço dos cuidados de prevenção por parte dos gestores
municipais e também da própria população.
O último Levantamento de Índice
Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, mostra
que 77 cidades brasileiras estão em situação de risco para a dengue. Dessas, em
dez, a situação de risco prevalece desde 2011.
Em entrevista à Agência Brasil,
Giovanini Coelho lembrou que pesquisas recentes demostram que o brasileiro se
sente bem informado em relação à doença e às medidas de prevenção. O grande
desafio, segundo ele, é transformar esse conhecimento em mudança de
comportamento. “É fácil prevenir a dengue, mas é importante que a população
efetivamente adote mudanças de comportamento por meio de ações que ela conhece
muito bem”, explicou.
Dados do ministério indicam que,
na Região Norte, as principais causas de criadouros do mosquito são a
deficiência no abastecimento de água e na coleta do lixo. No Nordeste, o
abastecimento de água aparece como o principal problema. No Sudeste, os
depósitos domiciliares provocam o aumento da circulação do mosquito. No Sul, o
alerta é para o lixo. Na Região Centro-Oeste, abastecimento de água, depósitos
domiciliares e lixo representam praticamente o mesmo percentual no agravamento
de criadouros.
“O Sistema Único de Saúde (SUS)
tem milhares de agentes de saúde treinados para fazer o trabalho de assessoria,
supervisão e visita aos domicílios. É fundamental que os gestores municipais
tenham essa ação como uma prioridade. É fundamental que as visitas sejam feitas
regulamente, que o poder local articule ações intersetoriais, particularmente
voltadas para a manutenção da limpeza urbana. Esse conjunto de medidas que
envolve a participação da população e a ação do Poder Público são fundamentais
para passarmos por esse verão com uma menor quantidade de dengue possível”,
concluiu.
A Campanha Nacional de Combate à
Dengue 2012/2013 tem como slogan Dengue É Fácil Combater, Só Não Pode Esquecer.
O objetivo da primeira fase, que se estende até o final deste mês, é mobilizar
a população a adotar medidas simples de prevenção. Na segunda fase, que começa
a partir de janeiro, o foco é no reconhecimento dos sinais e sintomas da doença
e as principais medidas que devem ser adotadas pelas pessoas em caso de
suspeita de dengue.
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