Por: Daniel Lima. Fonte: Agência Brasil. Foto: noticias.uol.com.br.
Serrinha, BA (da redação itinerante do Blog MUSIBOL)
O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de
Consumo (Ibedec) recomenda cautela com o custo das transações durante as
compras de Natal. Segundo o presidente do órgão, Geraldo Tardin, o consumidor
não deve se deixar levar pelo comodismo e aceitar o financiamento das lojas de
qualquer forma. De acordo com Geraldo Tardin, é importante entender que muitas
dessas lojas estão vinculadas a um agente financeiro, e por isso oferecem
crédito com mais facilidade, mas que muitas vezes não são os mais baratos.
A sugestão é fazer um levantamento de preços e verificar se
um empréstimo bancário não é mais vantajoso. Com o dinheiro tomado da
instituição financeira de confiança, o consumidor poderá obter vantagens se
comprar à vista, obtendo um desconto. Depois, paga-se em parcelas mais suaves
ao banco, recomenda.
Outra dica é pedir à financeira da loja o Custo Efetivo
Total anual (CET) do financiamento para comparar com o indicador de outras
financeiras. “Não adianta o agente financeiro falar que a taxa é de 0,99%. Às
vezes, quem está pagando 1,05% está pagando menos, pois esse financiamento não
tem tantos encargos financeiros como o outro que cobra 0,99% apenas como
chamariz”, alerta.
Além disso, lembra o Tardin, é muito comum os lojistas
agregarem ao valor da compra um seguro, chamado de garantia estendida. Na
verdade, não é proibido ao vendedor oferecer esse tipo de garantia, mas é
obrigatório informar ao consumidor que esse serviço está embutido no preço.
“Outro dia, fui comprar uma tv e ao chegar no caixa
verifiquei que existiam dois boletos, sendo que um era o tal seguro, que
custava quase 22% do valor do aparelho. O número de parcelas também era igual”,
exemplifica
Nesse caso, explicou Tardin, o seguro foi recusado, uma vez
que o televisor já tinha garantia de três anos do fabricante e não existia a
necessidade de dois anos adicionais de seguro, o que, na avaliação de Geraldo
Tardin, com o avanço rápido da tecnologia os consumidores trocam seus aparelhos
mais rapidamente.
“Há muito tempo, no comércio, o vendedor deixou de vender
produtos. Ele deixou de ter argumentação sobre o produto, qualquer produto.
Seja carro, eletrodomésticos, computadores, tudo. A oferta é de prestações”,
diz.
De acordo com Tardin, o que se vende é facilidade de compra,
que o consumidor muitas vezes aceita sem levar em consideração o valor que irá
pagar ao final do prazo de financiamento. Outra precaução do consumidor,
aconselha, é fazer uma prevenção antes da compra procurando por meio das redes
sociais na internet denúncias sobre produtos e lojas.
Quando se trata de compras online, recentemente a Fundação
Procon-SP divulgou uma lista de sites não recomendados no link Evite esses
sites em sua página na internet. A lista contém o endereço eletrônico em ordem
alfabética, razão social da empresa e número do CNPJ ou CPF, além da condição
de "fora do ar" ou "no ar".
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