Por: Carolina Sarres. Fonte: Agência Brasil.
Fotos: g1.globo.com / blogs.diariodepernambuco.com.br
Serrinha, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
Os serviços de telefonia celular,
de bancos e de cartão de crédito foram os principais motivos de queixas
apresentadas aos Procons em 2012, de acordo com o Boletim 2012 do Sistema
Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, divulgado hoje (16). Em 2012
foram registrados cerca de 2 milhões de atendimentos nos Procons do país. O
número é 19,7% maior do que o de 2011, quando foram contabilizadas 1,6 milhão.
Para a titular da Secretaria
Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira, o aumento é
devido ao maior consumo por parte da população - que consequentemente busca
mais proteção -, ao acesso aos Procons e ao crescimento da base de agências de
atendimento integradas ao sistema nacional de defesa do consumidor. Atualmente,
292 cidades brasileiras estão no sistema.
Em números absolutos, o setor
financeiro foi o mais demandado pela população (23,8% do total), com problemas
relacionados a faturas de cartão e cobrança indevida. O setor de
telecomunicações, no entanto, foi o que teve maior crescimento no último ano,
de 17,4% das demandas em 2011 para 21,7% em 2012. Nesse setor, a maioria das
reclamações é referente a telefone celular, TVs por assinatura e internet.
Segundo o boletim, 9,1% das
demandas nos Procons foram sobre empresas de telefonia celular, seguidas pelos
bancos comerciais (9,02%), pelas empresas de cartão de crédito (8,23%), pelas
empresas de telefonia fixa (6,68%) e pelas financeiras (5,17%).
Os problemas mais destacados
pelos consumidores no último ano foram relacionados a cobranças (37,4%),
contratos (13,2%) e qualidade dos produtos ou serviços (9,7%).
As mulheres são a maioria dos
autores das demandas nas agências de atendimento. Elas fazeram mais de 52% das
queixas nos Procons. No que diz respeito à faixa etária, a população entre 31 e
40 anos foi a mais ativa em 2012 - responsável por 24,1% dos casos.
Juliana Pereira destacou a
importância da criação de mecanismos mais eficientes para atender às demandas
de idosos, que são 10,8% das pessoas atendidas pelos Procons (entre 61 e 70
anos).
"Percebemos que a presença
do idoso é recorrente nas agências, o que abre possibilidades para que
trabalhemos em medidas educativas e de informação para essa faixa etária, que é
vulnerável, pois eles têm dificuldades com reclamações por telefone, muitos não
têm acesso à internet e precisam de atenção especial", disse a secretária.
Segundo ela, o resultado do
levantamento deve servir como forma de os clientes fiscalizarem as empresas das
quais consomem e fazer que haja melhoria da relações com o consumidor.
"Nesse sentido, a secretaria vai intensificar a interlocução com os órgãos
reguladores e fortalecer a agenda conjunta com o Ministério Público",
explicou.
Agência Brasil entrou em contato
com as empresas citadas e aguarda resposta ao pedido de entrevista.
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