Por: Flávia Albuquerque. Fonte: Agência Brasil
Fotos: fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net e Ag Brasil
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho,
classificou de "históricas" as manifestações de quinta-feira (11),
Dia Nacional de Luta. Segundo Paulinho, a mobilização organizada pelas centrais
sindicais foi um sucesso por ter conseguido reunir milhares de pessoas nas
principais cidades do país. Para ele, a grande participação popular mostrou a
importância do movimento sindical para a defesa dos direitos dos trabalhadores.
No entanto, os sindicalistas informaram que outro dia nacional de paralisações
pode ocorrer no fim de agosto, se não houver avanços na pauta de
reivindicações.
“Milhares de trabalhadores paralisaram suas atividades, outros tantos
não foram trabalhar. Houve paralisações em atividades nas quais não esperávamos paralisação. [O movimento]
foi muito importante para divulgar uma pauta histórica dos trabalhadores,
porque muitas vezes não conseguimos alcançar o Brasil inteiro”, disse o líder
sindical.
Na reunião em que foi feito um balanço sobre o Dia Nacional de Luta, os
sindicalistas disseram que, após o sucesso das manifestações, as oito centrais
sindicais reforçarão a pauta de reivindicações, que inclui o fim do fator
previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem
redução de salário, reajuste digno para os aposentados, mais investimentos na
saúde e educação, transporte público de qualidade, fim do Projeto de Lei 4.330,
que amplia a terceirização, reforma agrária e fim dos leilões do petróleo.
As manifestações foram organizadas pela Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores (CGTB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST),
Intersindical, Central Sindical Popular (Conlutas), Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB). A pauta de reivindicações foi elaborada pelos sindicatos em
junho de 2010 e, desde então, vem sendo defendida por eles.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, criticou as multas aplicadas pela
Justiça Federal às centrais sindicais pelas interdições de estradas. “O
interdito proibitório, que foi um instrumento criado para discutir as
divergências em relação à propriedade privada, agora é usado para impedir que o
movimento sindical se aproxime dos trabalhadores para fazer seu papel de
convencimento político e de representação. Recebemos quase R$ 1 milhão em
multas devido à atividade de ontem, que foi extremamente democrática, pacífica
e ordeira. Isso é para inviabilizar o movimento sindical e impedir que os
trabalhadores tenham direito de mobilização”, disse Freitas.
As centrais planejam ainda atividades intermediárias até o dia 30 de
agosto, como reuniões com os presidentes dos sindicatos, do Supremo Tribunal
Federal e do Tribunal Superior do Trabalho para tratar do chamado interdito
proibitório, que determina a proibição da livre organização sindical imposta
por empregadores. Estão previstos ainda atos para pressionar as empresas a agir
para que a o Projeto de Lei 4.330 não seja aprovado.
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