Por: Valéria Amaral. Fonte:
Agência Saúde – ASCOM/MS
Fotos: oserrano.com.br / canoinhas.net
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
A partir de agora, pessoas com
até 49 anos podem receber a vacina gratuitamente em qualquer posto da rede
pública. A medida deve beneficiar cerca 150 milhões de brasileiros
O Ministério da Saúde ampliou a
faixa etária de vacinação contra a hepatite B. A partir de agora, homens e
mulheres com até 49 anos poderão receber a vacina gratuitamente em qualquer
posto de saúde. A medida beneficia um público-alvo de 150 milhões de pessoas -
75,6% da população total do Brasil. No ano passado, a idade limite para
vacinação gratuita era até 29 anos. A
vacina é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra a hepatite B e
hepatite D.
O secretário de Vigilância em
Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica que a proteção é
garantida quando a pessoa recebe três doses da vacina. A segunda dose deve ser
aplicada 30 dias após a primeira e, a terceira, seis meses após a primeira. “Todas as crianças recém-nascidas são
vacinadas, mas estamos expandindo a faixa etária a outros grupos visando à
eliminação da doença no futuro. Ela é segura, feita com engenharia genética e
não tem contraindicação”, ressaltou o secretário.
A vacina também é oferecida a grupos
prioritários, independentemente da faixa etária, como gestantes, manicures,
pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais civis, militares,
rodoviários, doadores de sangue, profissionais do sexo e coletores de lixo
domiciliar e hospitalar. Em 2012, mais de 15,7 milhões de pessoas foram
protegidas contra a hepatite B.
SOBRE A DOENÇA - As hepatites são
doenças que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano.
Estimativas apontam que 2,3 milhões de brasileiros são portadores das
hepatites, sendo (800 mil) do tipo B e (1,5 milhão) do tipo C. Toda a produção
da vacina de hepatite B é feita pelo Instituto Butantan. O laboratório público
abastece o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde desde
1996.
A hepatite B é uma doença
sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida pelo contato com
sangue e por materiais cortantes contaminados, como alicate de unha. Por isso,
o Ministério da Saúde alerta que, além do uso da camisinha em todas as relações
sexuais, não se deve compartilhar escova de dente, alicates de unha, lâminas de
barbear ou depilar. É importante também sempre usar materiais esterilizados ou
descartáveis em estúdios de tatuagem e piercing, serviços de saúde, acupuntura,
procedimentos médicos, odontológicos e hemodiálise.
SINTOMAS - Nem sempre a hepatite
B apresenta sintomas. Quando aparecem, podem provocar cansaço, tontura ou ânsia
de vômito. A pessoa pode levar anos para perceber que está doente. O
diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar a evolução da doença para
cirrose ou câncer de fígado, por exemplo. O teste, o tratamento e o
acompanhamento das hepatites virais estão disponíveis no Sistema Único de Saúde
(SUS). Em 2012, foram distribuídos 759,2 mil testes rápidos para triagem de
hepatite B. Outros 5,1 milhões de testes convencionais foram realizados no SUS.
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