Por: Carolina Sarres*. Fonte e foto: Agência Brasil.
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
A decisão sobre o reajuste do seguro-desemprego foi adiada, não tem data
para acontecer, disse hoje (31) o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
A reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat),
que decidiria se o benefício passaria a ser corrigido de acordo com o cálculo
usado para o salário mínimo, estava marcada para esta quarta-feira. Uma nova
data deverá ser fixada pelo presidente do conselho e secretário de Políticas
Públicas do ministério, Sérgio Vidigal. Segundo Manoel Dias, o motivo do
adiamento da reunião do Codefat foi a necessidade de deliberação dos membros
sobre a resolução do conselho, que aprovará ou não o novo cálculo. A assessoria
de imprensa do ministério informou à Agência Brasil que existe a possibilidade
de a nova reunião ser marcada para o dia 15 de agosto.
Na última semana, o Ministério do Trabalho havia informado que o
reajuste estava acertado com o governo. Logo em seguida, o Ministério da
Fazenda negou ter dado aval ao novo cálculo, que aumentaria de 6,2% para 9% a
correção do seguro dos trabalhadores que ganham acima de um salário mínimo (R$
678). O ministro do Trabalho respondeu dizendo que a mudança estava em
negociação.
A troca de percentual para o reajuste do seguro-desemprego, caso seja
aprovada, será um retorno ao cálculo usado até janeiro deste ano, quando o
benefício passou a ser reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC). O cálculo era atrelado ao percentual de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) - assim como é feito hoje com o salário mínimo. A
estimativa é que o reajuste causaria um impacto de R$ 250 milhões nos gastos
até o fim do ano.
De acordo com o Ministério do Trabalho, cerca de 50% dos trabalhadores
que têm direito ao seguro-desemprego deverão ser afetados pela medida.
Atualmente, são gastos aproximadamente R$ 30 bilhões por ano com o pagamento do
benefício.
*Colaborou Yara Aquino.
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