Por: Yara Aquino. Fonte: Agência Brasil.
Foto: veja.abril.com.br
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou hoje (31) que o
governo vai alterar a proposta do Programa Mais Médicos de ampliar em dois anos
os cursos de graduação em medicina. A ideia era aumentar de seis para oito anos
o tempo da graduação, com os dois últimos anos de trabalho no Sistema Único de
Saúde (SUS). Segundo Mercadante, a proposta será levada ao relator da medida
provisória que cria o programa, deputado Rogério Carvalo (PT-SE).
Em contrapartida, Mercadante defendeu que, já em 2018, a residência
médica se torne obrigatória ao final dos seis anos de graduação para algumas
atividades da medicina. Nesse modelo, toda a residência será feita no SUS, e o
primeiro ano, obrigatoriamente na atenção básica, urgência e emergência no sistema.
“É evidente que algumas especialidades são mais disputadas, terão exames
de seleção. Mas terá vaga para todo estudante de medicina. A partir de 2018,
queremos condicionar para algumas atividades da medicina a obrigatoriedade da
residência, a exemplo do que ocorre em alguns países”, disse o ministro. De
acordo com Mercadante, a decisão foi tomada em discussão com diretores de
faculdades, comissão de especialistas e representantes da Associação Brasileira
de Educação Médica.
Lançado neste mês, o Programa Mais Médicos desagradou a entidades
médicas, que criticaram os dois anos de extensão no curso e a possibilidade de
contratação de profissionais com diploma estrangeiro para atuar, durante três
anos, na periferia das grandes cidades e em cidades do interior. Ontem (30) e
hoje, médicos em todo o país paralisam as atividade em protesto ao Mais
Médicos.
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