Fonte e foto: IBahia.
Salvador, BA (da redação Itinerante
do Blog MUSIBOL)
A cada três adultos que morrem no
Brasil, dois são homens. A cada cinco pessoas que morrem entre 20 e 30 anos,
quatro são homens. Além disso, “o sexo forte” vive, em média, sete anos menos
do que as mulheres e tem maior incidência de doenças do coração, câncer,
diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada. As estatísticas não são
nada animadoras, mas sabe por que isso acontece? A resposta é simples: eles não
cuidam da própria saúde.
Desde muito cedo, quando ainda
criança, os meninos são convencidos pelos pais e pela sociedade de que são
super-heróis, que não sentem dores e nem podem chorar. Muitos pensam que essas
coisas são apenas para as meninas que são frágeis e delicadas. Uma “doencinha”
então... nada mais é que pura frescura, logo passa. Esse comportamento cultural
é um dos responsáveis por fazer com que os homens fujam dos médicos como o
“diabo foge da cruz”.
Enquanto as mulheres aprendem,
desde cedo, que é preciso ir regularmente ao ginecologista - e depois, quando
se tornam mães, que é preciso levar os bebês ao pediatra -, os homens são
criados sem esse hábito. Como consequência, muitos deles sofrem com males que
poderiam ser evitados, caso houvesse atitudes preventivas.
Os principais problemas que
atingem os homens relacionam-se principalmente com as doenças gênito-urinárias
associadas à idade como a disfunção erétil, infertilidade, hiperplasia
prostática benigna (aumento da próstata) e os tumores, destacando-se o câncer
de próstata. Entretanto, os mais jovens também podem apresentar problemas como
ejaculação precoce, disfunção erétil, doenças sexualmente transmissíveis e
cálculo renal, conhecido popularmente por “pedra no rim”. Para evitá-los, é
importante procurar um urologista.
Um toque delicado
Uma das maiores preocupações dos
médicos com relação à saúde do homem, diz respeito ao câncer de próstata. O
alarde faz sentido, uma vez que são 50 mil novos casos, a cada ano, no Brasil.
Por isso, a ida ao urologista deve começar aos 45 anos, mas, se houver casos da
doença na família, a primeira visita deve ser aos 40. O diagnóstico é feito em
três etapas. A primeira é um bate-papo sobre os possíveis sintomas, depois o
paciente faz o PSA (exame que mede a taxa de antígeno prostático no sangue -
não pode ser superior a 4ng) e, por último, é feito o toque retal, a parte
polêmica e mais temida pelos machões.
"...são 50 mil novos casos
(de câncer de próstata), a cada ano, no Brasil..."
Muitos fogem do consultório
médico justamente por medo do toque retal, acham que o exame acabará com a
masculinidade e virilidade que existem dentro dele, mas não é bem assim. Em
sete segundos o urologista introduz o dedo no ânus do paciente e pronto. É tudo
bem rápido e indolor. Essa simbologia negativa sobre o exame é só mais uma
barreira que impede a boa e tranquila relação com os médicos. Como não há
fatores comprovados que previnem o câncer de próstata, é necessário o
diagnóstico precoce.
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