Por: Isabela Vieira. Fonte e fotos: Agência Brasil
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Composto por cerca de 210 mil profissionais no estado do Rio de Janeiro
e responsável por um faturamento de R$ 5,5 bilhões por ano, o setor de asseio e
conservação avalia que um dos principais desafios para o crescimento da
atividade nos próximos anos é a capacitação profissional dos funcionários, cuja
maioria são mulheres (92%) e negros (62%), com ensino fundamental incompleto.
A conclusão é da pesquisa A Força do Setor-RJ, lançada pelo Sindicato
das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio de Janeiro (Seac-RJ), com
dados referentes ao ano de 2012. O documento projeta um crescimento de 13% do
setor em 2013, em virtude dos grandes eventos no Rio, mas destaca a dificuldade
de superar uma “carência generalizada de formação”.
“Isto [a capacitação profissional] passou a ser uma exigência
mercadológica, até porque, sem esta mínima formação (nível fundamental), o
empregado não tem como entender tarefas que fazem parte de sua profissão”,
destacou o diretor de Relação com o Mercado do Seac-RJ, José Barbosa. Segundo
ele, o setor é um dos que mais contrata mão de obra com baixo nível de
escolaridade.
Segundo o presidente da entidade,
Ricardo Garcia, por causa da baixa qualificação
é necessário “um enorme e
constante esforço de treinamento e retreinamento”. Em 2012, foram investidos
entre R$ 14 milhões e R$ 15 milhões em cursos na área. Porém, por causa da alta
rotatividade de profissionais, de cerca de 40% ao ano, os gastos são
importantes e frequentes.
A média salarial nas atividades de abrangência da pesquisa, como
servente, é R$ 1,2 mil, com os benefícios. Na avaliação do presidente do Seac,
apesar de “precisar melhorar”, o valor atrai quem trabalha para complementar a
renda familiar. Neste caso, atrai mais
as mulheres, que segundo Ricardo Garcia, pela condição cultural, estão “mais
qualificadas” e disponíveis para a área de limpeza.
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