Por: Clarissa Pacheco, de São
Paulo. Fonte: IBahia.
Fotos: pt.fifa.com/ blogviniciusdesantana.com / ibahia
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Esporte Comunitário)
O relatório aponta que Salvador
não conseguiu dar um tratamento diferenciado ao transporte público, em
detrimento dos automóveis particulares
Desempenho de Salvador foi
considerado razoável
Salvador foi a capital com o pior
desempenho em mobilidade urbana entre as seis cidades-sede da Copa das
Confederações, conforme relatório preliminar do Observatório da Mobilidade
Urbana Copa das Confederações, apresentado ontem em São Paulo durante o
Seminário Nacional NTU 2013 & Transpúblico, evento realizado pela
Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
De acordo com André Dantas,
diretor técnico da NTU, a associação observou as operações de trânsito em
transporte nas seis cidades-sede (Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife,
Fortaleza e Rio de Janeiro) em uma das partidas realizadas em cada uma delas.
Na capital baiana, o desempenho foi considerado “razoável”, numa escala que
passa por “péssimo, razoável, satisfatório, bom e excelente”.
O relatório aponta que Salvador
não conseguiu dar um tratamento diferenciado ao transporte público, em
detrimento dos automóveis particulares. Além disso, a falta de obras de
mobilidade urbana e infraestrutura na cidade também contribuíram para a nota
abaixo das demais cidades. Brasília, Recife e Fortaleza tiveram desempenho
considerado satisfatório, enquanto Belo Horizonte e Rio de Janeiro, bom.
A coordenadora de mobilidade na
Copa das Confederações em Salvador, Grace Gomes, diretora de Mobilidade Urbana
e Interurbana da Secopa/Bahia, discordou do relatório da NTU. Grace acrescentou
que foram utilizados os melhores veículos e profissionais nas operações. Ela
atribuiu possíveis problemas à geografia da cidade e às manifestações no dia
dos jogos.
No entanto, a coordenadora baiana
reconheceu que a indecisão na escolha entre BRT e metrô atrasou os planos de
mobilidade. “Não tivemos metrô nem BRT na Copa das Confederações e não acredito
que teremos para a Copa do Mundo”, declarou. Ela não soube dizer quais
alternativas estão sendo pensadas para substituir os modais, mas disse que
acredita que o transporte rodoviário possa suprir a demanda.
Representante do Ministério das
Cidades durante o seminário, a engenheira Cristina Soja disse que aprovou o
desempenho de todas as capitais. Questionada sobre a qualidade do transporte
fora dos eventos da Fifa, Grace declarou que quer trabalhar junto com a
prefeitura para que “a mobilidade urbana de Salvador tenha o padrão Fifa”.
*A repórter viajou a convite da
NTU
0 comentários:
Postar um comentário