Por: Nielmar de Oliveira. Fonte e
fotos: Agência Brasil.
Serrinha, BA (da redação itinerante
do Blog MUSIBOL)
De março de 2011 a fevereiro de
2013, o preço dos ovos de Páscoa subiu, em média, 19,78%, índice que representa
7,78 pontos percentuais acima da inflação do mesmo período, medida pelo Índice
de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A informação foi dada à Agência
Brasil pelo economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, André Braz.
Segundo ele, em relação à Pascoa passada, a alta foi 6,42%, um alta de 0,38
ponto percentual acima da inflação dos últimos doze meses, que foi 6,04%.
Para André Braz, a alta do ovo de
Páscoa não foi maior em relação ao ano passado porque os preços de alguns
insumos básicos utilizados na fabricação do produto tiveram quedas
significativas, como o preço do cacau, que caiu 12% nos últimos doze meses, e do açúcar, que teve
queda de 11% no mesmo período.
Entre as sete capitais
pesquisadas, o maior aumento médio do ovo de Páscoa, segundo a FGV, foi em
Porto Alegre (8,35%); seguido por São Paulo, que teve alta de 8,15%. Belo
Horizonte teve o menor índice de reajuste, 4,03%. No Rio de Janeiro, o preço
médio do produto aumentou 6,06%, quando comparado com a variação registrada em
2012.
Braz diz que, apesar dos aumentos
às vésperas da Páscoa, é praticamente impossível evitar comprar ovos de
chocolate. “O produto é utilizado muito mais para satisfazer o apelo emocional,
principalmente das crianças, que são educadas a partir da representação do
simbolismo da Páscoa. Ela é educada, principalmente no caso de ser católica,
para esperar pelo ovo”.
Decorre desse apelo emocional, do
simbolismo e do fato de a estrutura de negócios - aí incluído embalagem e
formato – a enorme diferença entre o preço do chocolate convencional,
principalmente em barra, e o do ovo de Páscoa.
“É por isto que eu não tenho
dúvidas em afirmar: não é um bom negócio para o consumidor comprar ovo de
Páscoa. Se for para presentear um amigo, uma namorada, o melhor mesmo é dar uma
caixa de bombons ou ainda uma barra de chocolate convencional – porque paga-se
muito mais pela grama do chocolate adquirindo um ovo do que uma caixa de
bombons”, diz. “Se tal gasto é inevitável nesta época do ano, é preciso
controlar o impulso consumista e abusar da pesquisa de preços para economizar e
presentear parentes e amigos”.
Para Braz, a maioria dos
consumidores aguarda até a véspera da Páscoa no intuito de aproveitar as
promoções de última hora. Segundo ele, o consumidor deve fazer suas compras com
atenção, pois é maior a probabilidade de sobrar apenas os produtos mais caros
ou levemente danificados. “Vale pesquisar e comprar um pouco antes da Páscoa
para ganhar na qualidade e no preço”, diz.
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