Da Agência Lusa. Por: Thaís Antonio. Fonte: Agência Brasil
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Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante
do Blog MUSIBOL)
A ativista brasileira Ana Paula Maciel deixou, ontem (20), o
Centro de Detenção em que estava presa, em São Petersburgo, na Rússia. De
acordo com informações do Greenpeace, ela foi a primeira do grupo de 28
ativistas e dois jornalistas a ser libertada após o pagamento de fiança. O
valor não foi divulgado pelo grupo.
Até o momento, não foram informados pela Justiça russa as
condições e restrições impostas aos ativistas beneficiados com a liberdade
provisória. Também não foi divulgado se a brasileira poderá deixar a Rússia ou
receber visitas. Segundo a organização não governamental, as informações devem
ser esclarecidas nos próximos dias.
No Twitter do Greenpeace foi divulgado um desabafo da mãe de
Ana Paula. “Meu coração de mãe sempre me disse para eu manter a fé. Mal posso
esperar para ter a minha amada filha nos meus braços de volta a casa. Sabemos
que ainda não terminou, mas minha filha é uma guerreira e superará tudo isso no
final”.
Ao todo, 15 ativistas foram libertados pela Justiça russa,
sob o pagamento de fiança. O ativista australiano Colin Rusell é o único com
ordem de prisão preventiva prolongada por mais três meses, até 24 de fevereiro.
Estão marcadas para hoje (20) várias audiências quando a Justiça definirá se
prolonga ou não o período de detenção dos ativistas, incluindo o período
inicial de prisão preventiva de dois meses, que termina no próximo domingo
(24).
O Artic Sunrise, navio do Greenpeace foi retido no dia 19 de
setembro por comandos da guarda costeira russa, depois de os ativistas da
organização terem tentado escalar uma plataforma da empresa de gás Gazprom, no
Mar de Barents (Ártico Russo). Os ativistas protestavam contra a exploração
petrolífera no Ártico.
No início de outubro, os 30 membros da tripulação de 28
nacionalidades diferentes foram acusados formalmente de “pirataria em grupo
organizado”. No dia 30 de outubro, a Justiça russa decidiu reduzir a acusação
contra a tripulação, passando de “pirataria” para “vandalismo”. Segundo a lei
russa, o crime de vandalismo é passível de uma pena de até sete anos de prisão.
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