Da Agência Lusa. Fonte: Agência Brasil
Fotos: topmidianews.com.br / Ag. Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
O mundo ficará, a longo prazo, 3,6 graus Celsius (ºC) mais
quente se os governos simplesmente mantiverem os seus objetivos atuais alertou,
hoje (12), a Agência Internacional de Energia (AIE). Os representantes da
agência participam em Varsóvia (Polônia) das discussões sobre as alterações
climáticas.
No cenário estabelecido pela AIE para os países
desenvolvidos, as emissões de gases que provocam o efeito estufa relacionados
com a energia, que representam cerca de dois terços do total das emissões,
sofrerão um aumento de 20% até 2035, mesmo com os esforços já anunciados pelos
países comprometidos com as preocupações ambientais.
Este cenário " leva em conta o impacto das medidas
anunciadas pelos governos para melhorar a eficiência energética, o apoio às
energias renováveis, a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis e, em
alguns casos, a colocação de um preço nas emissões de gás carbônico",
disse a AIE no relatório anual de referência, apresentado nesta terça-feira em
Londres.
No entanto, o aumento de 20% nas emissões de energia -
principalmente as geradas pelo carvão e pelo petróleo e, em menor grau, do gás
- dentro de 20 anos "deixa o mundo a caminho de temperaturas médias
globais de 3,6°C, bem acima da meta de 2ºC definida internacionalmente",
informou a AIE.
Observando o papel fundamental do componente energético no
sucesso ou no fracasso da política climática internacional, o departamento de
energia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
apoiou as iniciativas recentes, entre as quais o plano de ação apresentado pelo
presidente americano Barack Obama; o anúncio de Pequim relativo a uma limitação
de carvão; e o debate europeu sobre metas climáticas para 2030, salientando que
"todas têm o potencial de limitar o crescimento das emissões de gás
carbônico".
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