Por: Vitor
Abdala. Fonte: Agência Brasil
Fotos: blog.felipepeixoto.com.br / Ag. Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e
Fernando Collor também acompanharam a cerimônia. Fernando Henrique Cardoso, que
se recupera de uma diverticulite, não pôde participar da homenagem.
A presidenta Dilma Rousseff disse, em sua conta no Twitter,
que a solenidade de honra ao ex-presidente João Goulart “é uma afirmação da
democracia” no Brasil, que se consolida com este gesto histórico. “Hoje é um
dia de encontro do Brasil com a sua história. Como chefe de Estado da República
Federativa do Brasil participo da recepção aos restos mortais de João Goulart,
único presidente a morrer no exílio, em circunstâncias ainda a serem
esclarecidas por exames periciais. Junto comigo estarão ex-presidentes da
República, o presidente do Senado e políticos de todas as vertentes. Este é um
gesto do Estado brasileiro para homenagear o ex-presidente João Goulart e sua
memória”.
Deposto pelo regime militar (1964-1985), Goulart morreu no
exílio, no dia 6 de dezembro de 1976, na Argentina. O objetivo da exumação é
descobrir se ele foi assassinado. Por imposição do regime militar brasileiro,
Goulart foi sepultado em sua cidade natal, São Borja, no Rio Grande do Sul, sem
passar por uma autópsia. Desde então, existe a suspeita de que a morte de Jango
tenha sido articulada pelas ditaduras do Brasil, da Argentina e do Uruguai.
Após os exames, que serão feitos em Brasília e em
laboratórios internacionais, os despojos voltarão para São Borja em 6 de
dezembro, data de morte do ex-presidente. A exumação é coordenada pelo
Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal e ocorrerá em duas
etapas.
A primeira etapa é a análise antropológica, que detalhará
informações sobre substâncias venenosas que eram usadas no Brasil, na Argentina
e no Uruguai e podem ter causado o envenenamento do ex-presidente. Nesse
momento, serão reunidos dados médicos e pessoais do ex-presidente. Além disso,
será feita a análise do DNA. A segunda etapa constará do exame toxicológico dos
restos mortais de Goulart para confirmar se houve envenenamento.
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