Por: Sabrina Craide. Fonte: Agência Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Se o pavimento de todas as rodovias do país tivesse
classificação boa ou ótima, em 2013, seria possível uma economia de até 5% no
consumo de combustível, o que representa, no caso do óleo disesel, 661 milhões
de litros (R$ 1,39 bilhão). Também haveria redução da emissão de 1,77
megatonelada de gás carbônico. A conclusão é da Pesquisa CNT Rodovias, apresentada
pela Confederação Nacional do Transporte.
A pesquisa feita este ano mostrou que 63,8% da extensão
avaliada apresenta problemas ligados a pavimento, sinalização e geometria da
via. Em 2012, o percentual era 62,7%. A CNT percorreu 96.714 quilômetros de
rodovias, o equivalente a toda a malha federal pavimentada e às principais
rodovias estaduais.
Em relação ao pavimento, foi avaliado se as vias atendem a
atributos como capacidade de suportar efeitos do mau tempo, resistência da
estrutura ao desgaste e escoamento eficiente das águas (drenagem). A pesquisa
apontou que 46,9% do total avaliado apresentam deficiência.
Sobre a sinalização, a pesquisa indica que 67,3% da extensão
avaliada apresentam problemas. Segundo a CNT, o resultado é preocupante, porque
os sinais de trânsito têm a finalidade essencial de transmitir aos motoristas
informações e instruções para garantir a movimentação correta e segura dos
veículos.
Os dados sobre geometria das vias mostram que 77,9% não estão
em padrões satisfatórios. De acordo com a confederação, as características
geométricas da via afetam a habilidade dos motoristas em manter o controle do
veículo e em identificar situações e características perigosas.
As rodovias concessionadas são as mais bem avaliadas pela
pesquisa da CNT. Em relação ao estado geral, 84,4% foram classificadas como
ótimas ou boas, enquanto 15,6% ficaram no patamar de regular, ruim ou péssimo.
A análise das rodovias sob gestão pública mostrou que 26,7% são classificadas
com condições ótimas ou boas e 73,3% não estão em condições satisfatórias.
A CNT também aponta que as condições do pavimento geram um
aumento médio, no país, de 25% no custo operacional do transportador. A região
que apresenta o maior incremento nesses valores é a Norte (39,5%). Em seguida
vieram o Centro-Oeste (26,8%), Nordeste (25,5%) e Sudeste (21,5%). O menor
acréscimo é registrado no Sul (19%).
Segundo a CNT, do total autorizado pelo governo para as
rodovias em 2013 (R$ 12,7 bilhões), 33,2% - o equivalente a R$ 4,2 bilhões -
foram pagos até o início de outubro. Em 2012, foram pagos R$ 9,4 bilhões
(50,3%) do total autorizado de R$ 18,7 bilhões. A CNT estima que o investimento
mínimo necessário para melhorar a infraestrutura das rodovias é R$ 355,2
bilhões.
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